Após 5º voto e queda da Portuguesa, torcedores do Flu comemoram

Foram poucos os torcedores que acompanhavam por rádio ou pela televisão posicionada para a rua no prédio do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) o julgamento da Portuguesa nesta sexta-feira. Cerca de 30 pessoas que se aglomeravam em frente ao local estavam mais preocupadas em discutir e cantar palavras de ordem uns contra os outros.

Flamenguistas, vascaínos e um torcedor da Portuguesa se uniram contra os tricolores. Eles vaiavam e entoavam gritos como: "Uh, Uh, é tapetão", "Arerê, o Conca vai jogar a Série B" e "Time sem vergonha". Já os torcedores do Fluminense retrucavam com: "Eu não sou rubro-negro. Eu não sou ladrão. Dá-lhe Nense, Nense".

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No momento em que o primeiro auditor e relator Décio Neuhaus deu o voto, gritos de "Nense" ecoaram pela rua, e todos pararam para acompanhar a votação - que terminou 8 a 0.

Em seguida, os cânticos recomeçaram e as palavras de baixo calão continuaram a ser gritadas. Para o torcedor rubro-verde Júlio Caldeira, 27 anos, que foi ao Rio passar o Natal com a família e retorna nesta sexta a São Paulo, sempre houve pouca esperança de reverter o primeiro julgamento.

"Tenho pouca esperança de revertermos o placar de 5 a 0 do primeiro julgamento hoje. Mas nós, torcedores, vamos à Justiça comum, isso está mais do que certo", disse o urbanista, que afirmou que esteve na passeata que os torcedores fizeram na última semana na Av. Paulista, em São Paulo.

Logo após o quinto voto e o rebaixamento confirmado, Caldeira ficou em silêncio e com os olhos cheios de lágrimas. Ele reafirmou que vai entrar com um processo na Justiça comum e foi consolado por dois tricolores. O lustiano disse que a culpa não era do Fluminense, e sim da CBF.

Já o tricolor Fausto Bartole, 31 anos, criticou o circo armado pelos torcedores do Fluminense em frente ao prédio do STJD. Vestindo a camisa do time, o professor de história falou ser contra as manifestações que só mancham a imagem do clube das Laranjeiras. Ele alegou que foi ao centro da cidade apenas para pegar o relógio no conserto, e não para protestar.

"Acho feio rir da desgraça dos outros. Os torcedores da Lusa estão sofrendo com a situação, pelo amadorismo dos dirigentes. E nós estamos sofrendo por causa do histórico dos fatos, por termos sido beneficiados. Mas a culpa não é do Flu", disse o torcedor, que não ficou para assistir à audiência.

Para subir no prédio comercial onde fica o STJD, é preciso estar em uma lista nas mãos da polícia, que está posicionada em frente aos elevadores com os nomes dos jornalistas autorizados a entrar. O prédio está com o portão principal fechado.

Veja fotos do julgamento da Portuguesa no Pleno do STJD