Com brasileiro de exemplo, IPC e Wada firmam parceria antidoping
Em cerimônia realizada no Parc Jean-Drapeau, em Montreal, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e a Agência Mundial Antidoping (Wada) firmaram, nesta terça-feira, uma parceria contra o doping. O evento contou com a presença de atletas indicados como modelos de comportamento, entre eles um brasileiro: André Brasil.
O nadador, que na segunda-feira conquistou o ouro nos 100 m livre S10, foi elogiado por Phillip Craven, presidente do IPC, e posou no evento ao lado da canadense Valerie Grand’Maison e da americana Jessica Long. Eles e o restante dos atletas que disputam o Mundial Paralímpico na cidade utilizarão camisetas, toucas e tatuagens temporárias durante a disputa com a mensagem “Diga não! ao doping”.
“Nós levamos o nosso corpo ao 100% do desempenho e tentamos mantê-lo assim, mas é divertido também. Precisamos aproveitar. Se um dia eu encerrasse a minha carreira e olhasse para trás sabendo que eu tinha me dopado, eu estaria machucando a mim mesmo e ao esporte”, disse André Brasil, em fala aplaudida por Phillip Crave, que fez o mesmo para os três representantes escolhidos.
“A natação é um jogo: você pode vencer, pode perder, mas no final do dia não importa o que aconteceu, mas sim que você se divertiu e aproveitou. Ter uma atitude boa é melhor do que trapacear para ganhar”, disse Valerie Grand’Maison. “Não sei se, trapaceando, eu chegaria onde estou, mas sei que trabalhando duro faz disso mais recompensador”, complementou Jessica Long.
David Howman, diretor geral do Wada, fez elogios ao modo como o controle antidopagem é realizado pelo IPC e recebeu a promessa de Phillip Craven de que a luta continuará pelos próximos anos – culminando, a princípio, nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro
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