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Fernando Santos
Domingo, 23 Junho de 2002, 22h12
terraesportes@terra.com.br

Nenê na NBA


Nem mesmo uma zebra como Turquia e Coréia do Sul na semifinal da Copa do Mundo será capaz de impedir a entrada de Nenê na NBA. O pivô não só será escolhido no draft desta quarta-feira, em Nova York, como pode ser um dos primeiros na lista dos novatos.

Técnicos, olheiros, ex-jogadores e dirigentes norte-americanos já deram seu aval. A projeção é que Nenê esteja entre os dez primeiros relacionados na peneira universitária. A coluna, com base em especialistas do draft, já havia alertado há tempos: o brasileiro é, no mínimo, o segundo estrangeiro mais cobiçado entre os 29 times da liga norte-americana.

Este draft tem uma característica especial, que favorece Nenê. O mercado de agentes livres da NBA é um dos mais fracos dos últimos anos. Há poucos bons jogadores disponíveis, como Mike Bibby e Bonzi Wells. O resto é resto mesmo.

Com isso, o grande investimento das equipes será tirar o melhor proveito possível do draft. E um jogador como Nenê, forte, versátil e com enorme potencial de desenvolvimento, é um prato cheio. Vai ser barbada!

O ex-jogador do Vasco fez testes ou se apresentou para quase todos os times da liga. Não faltaram elogios e comparações. Denver, Phoenix, Miami, Houston, Milwaukee, Cleveland, New York, Utah. Esses são apenas alguns dos times que dedicaram atenção ao brasileiro.

Nem mesmo o fajuto contrato entre Nenê e o Vasco, que iria até 2003, pode impedir a escolha. Como um clube que não paga salários há meses pode reivindicar alguma coisa? É com base nisso que Nenê está confiante. E nem mesmo a CBB ou a Fiba revelou qualquer indício de que possa intervir no processo. Muito menos a CBB. É claro!

A presença de Nenê na NBA irá representar um salto enorme ao basquete brasileiro. A atenção será maior, não só da mídia, como do público em geral. Será uma atração, talvez muito maior do que aconteceu com Oscar nos últimos anos.

O Mão Santa fez sua carreira na Europa, disputando campeonatos quase sem nenhuma visibilidade no Brasil, na Itália e na Espanha. A NBA é completamente diferente, com jogos transmitidos diariamente (pela TV por assinatura), sem falar em sua inigualável importância.

O basquete brasileiro também precisa de Nenê, o que pode ajudar a explicar a reação da CBB, que praticamente ignorou a chiadeira do Vasco. Um jogador que irá despertar o interesse das crianças, carentes de ídolos no esporte, e, acima de tudo, de novos patrocinadores. Afinal, Nenê é nome certo em qualquer convocação da seleção brasileira.

Mais do que o próprio Nenê, o Brasil tem muito a ganhar com sua presença na NBA. Será um show, e teremos o privilégio de assistir. Com enorme prazer!

Do Big Phil para Felipão

E não é que Felipão foi buscar inspiração nas lições do gênio Phil Jackson? O técnico da seleção brasileira de futebol pegou ensinamentos do mestre zen da NBA para passar aos jogadores que estão em busca do penta na Copa do Mundo.

Nada melhor. Phil Jackson é um dos maiores motivadores da história do basquete. Ninguém é tão capaz de extrair o máximo de seus atletas. O Big Phil do Los Angeles não só é exigente, como transforma sua liderança num desafio para os jogadores. Foi assim que ele levou o Lakers a três títulos consecutivos. É o tri inspirando o penta!

 

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