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Fernando Santos
Quarta-feira, 19 Junho de 2002, 21h28
terraesportes@terra.com.br

O Mundial no Brasil


Depois de quase 20 anos, o Brasil recebe a notícia de que será novamente sede de um Mundial. É, sem dúvida, uma vitória e demonstração de prestígio do basquete brasileiro. Um reconhecimento pelo título de 94 e às medalhas olímpicas de 96 e 2000. Mas não é hora para comemorar. É hora para trabalhar.

A Confederação Brasileira de Basquete vibrou de forma exagerada. "Essa vitória é o resultado do reconhecimento da FIBA e de seus filiados do trabalho desenvolvido pela CBB e da gloriosa história do basquete feminino brasileiro", disse o presidente Gerasime Bozikis.

Quanto à "gloriosa história", tudo bem. Mas o "reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela CBB"? Quantos times femininos sobraram no país? Pela última avaliação, apenas nove. Isso é motivo para festejar? Acho que não.

Então, a escolha do Brasil como sede do Mundial de 2006 pode ser entendida como um voto de confiança. No exterior, não há dúvida de que o basquete feminino brasileiro está em alta. Aqui, sabe-se que não, muito pelo contrário.

Não bastasse a falta de estrutura nos clubes, a CBB terá muito trabalho também na organização do Mundial. Poucos ginásios no país estão em condições de receber uma competição como essa. A não ser que a CBB prefira utilizar o Mundial de forma política, atendendo às federações estaduais, criando uma romaria de jogos espalhados pelo país.

A escolha também tem algo a ver com o Comitê Olímpico Brasileiro, que está fazendo qualquer negócio para colocar o Brasil no mapa das grandes competições. Carlos Arthur Nuzman já abocanhou os Jogos Sul-Americanos, que serão disputados a partir de 1 a 11 de agosto em várias cidades do país. O COB também trabalha para trazer os Jogos Pan-Americanos de 2007. E o maior objetivo: as Olimpíadas de 2012.

O Mundial de basquete é mais uma arma política para o COB em seu sonho olímpico. Qualquer competição deste nível serve como parâmetro e, principalmente, campanha de marketing. Mas é bom tomar cuidado para o tiro não sair pela culatra.

Experiência vencida?

Já faz tempo que o basquete brasileiro não encabeça uma competição como essa. O último Mundial adulto realizado aqui foi o feminino de 83. Antes, foram realizados outros dois (57 e 71). No masculino, o Brasil sediou dois (54 e 63). Também foram disputados dois juvenis (masculino em 79 e feminino em 97).

Lakers rumo ao tetra

O tricampeão de Los Angeles deu o primeiro passo para manter o time atual, em busca do quarto título consecutivo na NBA. O ala-pivô reserva Samaki Walker decidiu permanecer por mais um ano, de acordo com cláusula estabelecida em seu contrato. Resta ainda definir a situação de outros seis reservas. Entre os titulares, todos ainda têm, pelo menos, mais dois anos de contrato.

 

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