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Fernando Santos
Segunda-feira, 17 Junho de 2002, 22h55
terraesportes@terra.com.br

Lakers: operação tetra


Passada a festa em Los Angeles, é hora de pensar na próxima temporada. Salvo alguns ajustes entre os reservas, o Lakers terá a sua base completa para lutar pelo tetracampeonato, algo que apenas o Boston Celtics conseguiu,em sua série memorável de oito títulos consecutivos nos anos 60.

Todos os cinco titulares da equipe têm pelo menos mais dois anos de contrato. Shaquille O'Neal tem mais quatro; Kobe Bryant, Derek Fisher e Rick Fox, mais três; Robert Horry, apenas mais um par de anos.

Entre eles, o caso que gera um pouco mais de preocupação é o de Bryant. É normal que as equipes negociem contratos com suas estrelas muito antes do final do contrato, justamente para evitar surpresas desagradáveis no futuro. Foi assim com Shaq, que teve seu contrato renovado há 18 meses.

Segundo noticiou o jornal Los Angeles Times, o Lakers deve oferecer a Kobe uma prorrogação de três anos de contrato, até a temporada 2007/2008. Por isso, receberia mais US$ 54,8 milhões. Bryant já tem garantidos US$ 40,5 milhões pelos próximos três anos, os últimos de seu atual contrato.

A questão, segundo o Times de LA, é que Bryant deve recusar. Não pela disposição de trocar de time ou estudar outras propostas. Ele deve aguardar o que vai acontecer logo após a temporada 2004/2005, quando vence o atual acordo salarial entre a NBA e a associação dos jogadores, que fixa limites nos contratos. Só então ele irá se sentar na mesa para negociar um novo contrato.

Para já, o Lakers precisa definir o restante do elenco, ou seja, os reservas. E com exceção do pivô Mark Madsen, todos os demais estão praticamente livres. São os casos de Samaki Walker, Lindsay Hunter, Devean George, Brian Shaw, Mitch Richmond, Jelani McCoy e Slava Medvedenko.

Nenhum deles pode ser considerado como uma peça fundamental para o destino do Lakers. Mas, juntos, representam uma boa parcela de força da equipe. Além de manter alguns ou quase todos esses reservas, o Lakers precisa de reforços estratégicos, para não ser superado pelas forças atuais, como Sacramento, San Antonio e Dallas. As prioridades são um ala de força mais competente do que Walker, e um armador mais eficiente do que Hunter. É hora de ir às compras.

O mercado de agentes livres não está lá essas coisas. Já esteve bem mais animado, como nos últimos anos, com jogadores como Tim Duncan e Chris Webber. Desta vez, as principais estrelas, por coincidência, atendem exatamente às exigências do Lakers: o ala Bonzi Wells (Portland) e o armador Mark Bibby (Sacramento).

Mas será muito difícil para o time de Los Angeles contratar um dos dois, em razão dos limites salariais da equipe. E são jogadores que devem faturar alto neste período de negócios. Outras opções menos ambiciosas são os alas-pivôs Charles Oakley e Malik Rose.

Para um time que consegue manter todos os seus titulares, e jogadores como Shaq e Kobe, o Lakers reclama de barriga cheia.

E o Bauru foi campeão

É verdade, o Bauru foi campeão brasileiro e não teve a devida atenção da coluna. Assumo aqui a minha parcela de culpa. A maior parcela, porém, cabe a quem teve a brilhante idéia de colocar as finais do Nacional na mesma época não apenas da decisão da NBA, como da Copa do Mundo. Coisa de gênio!

O Nacional, que voltou à TV aberta após longos anos, não teve a atenção devida na telinha. Mais uma vez, os jogos finais ficaram restritos à TV por assinatura. Não bastasse, não conseguiu nem mesmo garantir o horário nobre na programação, sendo encaixado um buracos abertos pela grade da Copa do Mundo.

Talvez seja preciso lembrar aos dirigentes do basquete brasileiro uma velha, surrada mas eficiente frase do marketing: a propaganda é a alma do negócio. Algo que o Nacional ignorou por completo. E, salvo as cidades envolvidas na decisão, viveu à margem do anonimato. Nada disso, porém, tira os méritos do time de Bauru. Mas o brilho poderia ter sido muito, muito maior.

 

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Juarez Soares Marcos Caetano Fernando Santos