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Fernando Santos
Sábado, 08 Junho de 2002, 02h14
terraesportes@terra.com.br

O próximo, por favor


Em nove anos assistindo regularmente a jogos da NBA, e há pelo menos 14 acompanhando os resultados da liga, não me recordo de nenhuma partida com apenas um time na frente do placar durante todo o tempo. Muito menos em uma final. Pois só isso é suficiente para mostrar a diferença entre Los Angeles Lakers e New Jersey Nets, a decisão mais baba da história.

Se o primeiro jogo da final foi um bom treino, o dois foi uma grande piada. O Lakers jamais esteve atrás no placar. Liderou desde o início, e raramente foi ameaçado. Como aconteceu na partida de abertura da série, chegou a abrir 20 pontos, puxou o freio de mão, permitiu uma reação e depois tratou de acabar com a brincadeira. No final, fácil vitória por 23 pontos de vantagem (106 a 83).

Foi mais uma noite de diversão para Shaquille O'Neal, que poderia até mesmo ter batido o seu recorde de pontos em playoffs, se tivesse levado a partida um pouco mais a sério. Ele terminou com 'apenas' 40 pontos. Quatro a mais do que na partida anterior, confirmando a tese de que seria impossível para o Nets detê-lo.

Resta agora ao time de New Jersey terminar a decisão da forma mais digna possível. Os próximos dois (ou três) jogos serão na casa do Nets, onde o técnico Byron Scott terá que descobrir uma fórmula milagrosa para impedir a "varrida". Talvez a maior, e única esperança da equipe, esteja no apoio emocional de sua torcida. É o que resta após duas surras.

E o Lakers ainda tem reservas. Jogou com enorme tranqüilidade as duas primeiras partidas, num clima completamente diferente dos playoffs na Conferência Oeste. Não é preciso nem mesmo fazer qualquer tipo de comparação com os dramáticos jogos contra o Sacramento Kings.

Para o time de Los Angeles, resta a tarefa de encomendar as faixas, ou melhor, os anéis de tricampeões. E já começar a pensar na próxima temporada.

Decisão caseira

A final do Campeonato Nacional promete ser mais emocionante do que na NBA. Araraquara e Bauru iniciam neste domingo a decisão, sem um favorito aparente. Mas com um grande inconveniente: não bastasse fazer jogos simultâneos com as finais nos EUA, ainda concorre com a Copa do Mundo de futebol.

Não poderia ter sido pior a 'visão' de marketing da Confederação Brasileira de Basquete. Que a NBA, e os norte-americanos, não ligam a mínima para o futebol, vá lá. Mas justo no Brasil, querer chamar a atenção numa época dessa é brincadeira! E bem agora, quando o basquete brasileiro começava a demonstrar um pouco de evolução.

Fora as duas cidades envolvidas na decisão, o Nacional corre o risco de terminar em completo anonimato.

A revolta de Nenê

Prestes a fazer história no draft da NBA, o pivô Nenê não escondeu a sinceridade. Em entrevista que está no site da liga, ele declarou que a Seleção Brasileira é apenas a sua terceira prioridade no momento. Primeiro, é conseguir a tão sonhada vaga no melhor basquete do mundo. E em segundo vem a sua família.

Nenê disse ainda que o Brasil "nunca lhe deu nada", que tudo o que conquistou foi pelo esforço próprio. Declarou também que não há nenhum contrato com o Vasco que o impeça de ser escolhido no draft do dia 26, em Nova York. O clube ainda insiste que tem acordo com o pivô até 2003, apesar de meses e meses de salários atrasados, que provocaram a ruptura.

Em entrevista ao diário Lance!, o técnico da Seleção Brasileira, Hélio Rubens, deu apoio a Nenê. Disse que ele está certo em priorizar sua carreira na NBA. O treinador sabe que precisa contar com Nenê no futuro, como no Mundial de agosto, em Indianápolis. E não é hora de partir para um confronto, que só traria prejuízos para a própria seleção. Afinal, hoje não dá para montar uma equipe nacional sem Nenê.

 

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