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Fernando Santos
Quinta-feira, 06 Junho de 2002, 01h59
terraesportes@terra.com.br

Um bom treino


O New Jersey Nets foi um bom sparring para o Los Angeles Lakers, no ensaio para a conquista do tricampeonato da NBA. A vantagem de apenas cinco pontos no final da partida (99 a 94) não demonstra a verdadeira diferença entre o dois times. No máximo, pode sugerir que os próximos jogos sejam ao menos mais interessantes. Do contrário, não há índice de audiência que resista.

Na metade do segundo período do primeiro jogo da decisão da temporada 2001-2002, nesta quarta-feira, o Lakers já vencia por 23 pontos. A essa altura, o interesse pela decisão já estava quase a zero. O público de Los Angeles até torcia para o Nets, para que a partida tivesse alguma graça.

O ritmo forte do Lakers no início mostra bem a disparidade entre os dois times. Foi difícil manter a mesma concentração quando a vitória era questão de tempo. É verdade que o Nets conseguiu uma boa reação, chegando a reduzir a diferença para apenas três pontos. Quase como uma forma de desafiar os atuais bicampeões, virtuais tri.

Shaquille O'Neal, como esperado, jogou como quis. Marcou "apenas" 36 pontos, talvez porque nem ele esperasse tamanha facilidade. No último período, o técnico Byron Scott apelou para o "hack-a-shaq", a tática de fazer faltas e levar o super-pivô para a linha de lances livres. Mas nem assim adiantou. E nem vale a pena insistir, já que o Portland Trail Blazers tentou a mesma coisa há dois anos e caiu do cavalo.

O Nets deixou a primeira partida no Staples Center, em LA, com o gostinho da esperança. A pequena diferença no placar pode fazer a equipe acreditar que pode ganhar ao menos uma vez, o que já seria um grande feito. Serve também como lição para o Lakers, que não pode achar que ganhou o título antes de entrar na quadra. Precisa, ao menos, jogar para o gasto.

A verdadeira final da NBA foi entre Lakers e Sacramento, a série memorável na decisão da Conferência Oeste. O que está prestes a acontecer agora é uma mera formalidade. Um bom treino de final de temporada.

Bela homenagem

Ao som da trilha sonora de "Missão Impossível", foi realmente emocionante a apresentação da equipe titular do Lakers. Mais emocionante ainda foi a forma como a torcida de Los Angeles aplaudiu o técnico do Nets, Byron Scott, campeão com o Lakers nos anos 80.

Imbatíveis?

Com a vitória desta quarta-feira, o Lakers completa cinco jogos de invencibilidade em finais de NBA. Na temporada passada, após ser derrotado no primeiro jogo pelo Philadelphia 76ers, o time de Los Angeles ganhou os quatro seguidos. E Phil Jackson caminha para vencer a 24ª série consecutiva de playoffs e igualar o recorde de nove títulos como treinador.

Imarcável?

Comentário do sempre brincalhão Ivan Zimmerman, narrador da ESPN: "Para parar Shaquille O'Neal, só chamando o Arnold Schwarzenegger". E acrescento: de preferência, com marcação dupla do Exterminador do Futuro 1 e 2.

O pequeno guerreiro

Apesar da derrota, Jason Kidd pode comemorar mais um triple-double, o seu primeiro em uma final da NBA: 23 pontos, 10 rebotes e 10 assistências. Mas teve um índice ruim nos arremessos: acertou apenas 12 de 29, sendo só um em três tentativas de três pontos.

Desafinado

Apesar de seus 22 pontos, Kobe Bryant teve uma atuação apagada. A exemplo de Kidd, falhou na pontaria: só acertou 6 de 18 arremessos. Seu brilho só apareceu em duas fantásticas enterradas e numa bela assistência para Rick Fox no finalzinho.

Próximo treino

Nesta sexta-feira, novamente em Los Angeles (22h, ESPN). No domingo, a decisão vai para New Jersey. E na próxima quarta-feira, no jogo 4, o Lakers pode comemorar o título.

 

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