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Fernando Santos
Quarta-feira, 29 Maio de 2002, 13h29
terraesportes@terra.com.br

O drama do Lakers


O Los Angeles Lakers está a uma derrota de mandar para o espaço a sua hegemonia na NBA. E o Sacramento Kings está a uma vitória de impor um novo reinado na liga norte-americana de basquete. A troca no trono está nas mãos de um "anão": Mike Bibby.

O armador do Kings está dominando esta dramática série. Como ocorreu no quinto jogo, ao acertar o arremesso decisivo a oito segundos do final, que garantiu a vitória por apenas um ponto e a liderança por 3 jogos na 2 na decisão da Conferência do Oeste.

Em todos os jogos, o Lakers penou para segurar o "baixinho". Bibby tem uma jogada mortal, que tem dado certo frequentemente: ele sempre fica livre para o arremesso graças ao bom trabalho de corta-luz, seja feito por Vlade Divac ou por Chris Webber.

A jogada é manjada e é possível perceber quanto Bibby fará o arremesso desde a saída de bola do Kings. Divac se posiciona na cabeça do garrafão e atrai a marcação de um dos pivôs. Bibby dança na frente de Vlade e este consegue bloquear a ação do armador do Lakers, normalmente o lento Derek Fisher.

A arma mortal do Kings ainda tem uma alternativa. Se Bibby não consegue o espaço para o arremesso, ele tem a opção de invadir o garrafão, que fica com um pivô a menos (lembre-se: alguém precisa sair para marcar Divac).

Muitas vezes, quem acaba pagando o pato neste tipo de lance é Shaquille O'Neal. No quinto jogo da série, ele se enrolou com as faltas justamente quando era obrigado a sair do garrafão. Estabanado, acabou pagando caro com o excesso de infrações e foi excluído a cerca de cinco minutos do final.

Méritos para Rick Aldeman. O técnico que levou um banho de Phil Jackson nos playoffs de 2001 está retribuindo a lição. Mesmo não tendo sido tão eficiente no ataque como em outras séries, ele está dobrando o segundo treinador com mais títulos na história da NBA.

Phil Jackson ainda não conseguiu desatar o nó tático que o Sacramento amarrou desde a segunda partida do confronto. O Los Angeles tem sobrevivido graças a Shaquille O'Neal e, principalmente, ao milagroso arremesso de Robert Horry na quarta partida. Não fosse aquela cesta de três pontos, o Lakers já estaria de férias.

E Jackson tem pouco tempo para descobrir a fórmula mágica e impedir o reinado do Kings. A próxima partida será nesta sexta-feira, em Los Angeles. O Lakers precisa vencer para provocar o sétimo e decisivo jogo, no alçapão de Sacramento, no domingo.

O Kings, com um time mais ajustado e sem a pressão da eliminação, está na boa. Conta ainda com um melhor plano de jogo. O Lakers está à beira do precipício. Mais do que nunca, terá que abusar da força de Shaq e da agilidade de Kobe Bryant (que falhou o último arremesso na madrugada desta quarta-feira). Ou torcer para mais uma cena de Hollywood, como a protagonizada por Robert Horry.

 

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