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Fernando Santos
Sexta-feira, 19 Abril de 2002, 23h12
terraesportes@terra.com.br

Chutômetro dos playoffs


É impossível fazer qualquer prognóstico, por mais fácil que possa parecer, nos playoffs da NBA que começam neste sábado. Um emaranhado de favoritos e zebras, capaz de confundir qualquer apostador. Uma previsão, porém, é barbada: as séries devem ser equilibradíssimas, com jogos emocionantes.

Isso é fruto do nivelamento do campeonato. Pode-se discutir se a NBA está nivelada por baixo ou por cima. A maioria deve escolher a primeira opção. Mas este não é o tema principal desta coluna. Afinal, é hora de playoffs, de emoção, de decisão. E já que ninguém consegue ficar sem dar um palpite, vamos a eles.

No Oeste, muitos depositariam suas fichas no bicampeão Los Angeles Lakers, que terminou em terceiro lugar na Conferência. No ano passado, a equipe ficou em segundo e conquistou o título, mesmo não tendo o mando de quadra na decisão contra o San Antonio Spurs. Agora, a história pode se repetir? Talvez.

Antes de terminar a temporada regular, e ainda na época em que disputava o primeiro lugar com o Sacramento Kings, o técnico Phil Jackson disse, com toda sua experiência de oito títulos, que o mando de quadra seria fundamental para a conquista do tricampeonato. Ele justificou essa declaração justamente pelo equilíbrio entre as equipes. E o que pode fazer a diferença é exatamente o fato de jogar mais ou menos partidas em casa.

O torcedor angelino mais fanático pode lembrar: o Lakers está invicto há 12 partidas em playoffs na Conferência Oeste. Venceu toda as 11 partidas disputadas em 2001 e a última de 2000. Esse sim pode ser um fator para levantar o otimismo da equipe.

Mas não se deve subestimar o Portland Trail Blazers, adversário na primeira rodada. Os dois times se enfrentaram nos playoffs nos dois últimos anos. Em 2000, o Lakers fez 4 a 3, numa decisão emocionante, quando ganhou a última partida após estar perdendo por 15 pontos no início do quarto período. No ano passado, "varrida" por 3 a 0. É de se acreditar que o Portland esteja louco para descontar essas duas derrotas, o que torna o confronto imprevisível.

A única barbada no Oeste pode ser o duelo entre Sacramento e Utah. Um duelo entre a juventude do Kings e os veteranos do Jazz, em mais uma e talvez derradeira oportunidade de levar John Stockton e Karl Malone ao título da NBA. Na temporada, o Sacramento venceu os quatro confrontos. Se é para apostar, essa é uma boa chance.

Nos dois outros confrontos, apesar da desigualdade na campanha geral, está tudo empatado. Dallas x Minnesota, San Antonio x Seattle. Em confrontos diretos cada equipe venceu dois jogos. O que pode ser mais imprevisível?

Talvez só mesmo a situação na Conferência Leste, marcada por grandes surpresas. Como o New Jersey Nets, a grande sensação da temporada, embalado pelo armador Jason Kidd, candidato a MVP. Em quatro jogos contra o Indiana, o Nets venceu três. E não é o Leste onde o oitavo colocado costuma aprontar? Lembram-se do New York Knicks contra o Miami Heat em 1999? O Knicks eliminou o número 1 e chegou à final da liga, sendo derrotado pelo San Antonio.

Aliás, todos o demais duelos no Leste também repetem o mesmo resultado de 3 a 1 em confrontos diretos: Charlotte com vantagem sobre o Orlando e Detroit sobre o Toronto. O único detalhe diferente acontece entre Boston e Philadelphia. Apesar de ter melhor campanha no geral, o Celtics perdeu três dos quatro jogos contra o 76ers.

Para não ficar em cima do muro, aqui vai um palpite para a decisão: Lakers x Celtics, que seria a renovação do grande duelo dos anos 80 entre Magic Johnson e Larry Bird. Será a vez de Shaq & Kobe contra Pierce & Walker? Só para constar: o Boston venceu os dois jogos da temporada contra o Lakers...

 

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