PUBLICIDADE

GP de Miami: FIA aumenta a vigilância no piso dos carros da F1

A partir do GP de Miami, a FIA reforçará a fiscalização sobre os pisos dos carros, de olho na esperteza dos técnicos

6 mai 2022 - 13h45
Compartilhar
Exibir comentários
Ferrari F1-75 e o tirante de metal para evitar a flexão do assoalho: a FIA está de olho
Ferrari F1-75 e o tirante de metal para evitar a flexão do assoalho: a FIA está de olho
Foto: Albert Fabrega / Twitter

Mesmo antes da implantação do novo regulamento, F1 e FIA davam diversos avisos que estariam de olho na esperteza das equipes técnicas para evitar que alguém tivesse alguma vantagem muito grande sobre os demais concorrentes.

Um dos receios justamente residia no assoalho. Com a volta oficial do efeito-solo (ele nunca foi realmente embora), os reguladores fizeram um detalhamento grande do que poderia ser mexido ou não. Mesmo assim, cada um teve sua interpretação.

Já em Barcelona, na pré-temporada, muito já se viu. Primeiro, a questão da quicada ou porpoising (falamos disso logo que apareceu aqui). Todos os times sofreram em alguma medida com isso e, quanto maior a quicada, menos velocidade desenvolvida.

A FIA já havia estabelecido uma forma de testar a flexibilidade do piso logo de início. Segundo o regulamento técnico, o assoalho central e à frente do pneu traseiro não poderia se deslocar mais do que 2 e 5 milímetros (2mm e 5mm), respectivamente se aplicado um determinado peso.

Mas a FIA, também de olho na esperteza, já tinha dito que, nas primeiras três etapas, se reservava o direito de aumentar ou reduzir a carga de teste previstas no regulamento, limitados a uma margem de variação de 20%, com comunicação prévia aos times.

Para Miami, a FIA já editou uma versão revisada das verificações de flexibilidade das peças aerodinâmicas. E uma área que recebeu atenção foi o assoalho em frente ao pneu traseiro. Na pré-temporada, foi autorizado o uso de um tirante de metal na área para evitar a flexão excessiva do piso (conforme exposto na foto que ilustra a coluna).

Mas a partir de agora, além da variação anterior de 5mm e de 20 mm aplicado em outro ponto, a FIA estabeleceu um terceiro ponto de verificação nesta área específica: um ponto localizado próximo a este tirante, a ser aplicada uma força de 250N (25kg aproximadamente), de ambos os lados, para cima e para baixo. A variação neste ponto deve ficar entre 8 e 12 milímetros.

Por que isso?   Como o objetivo das equipes é deixar o carro mais baixo possível para “selar” o ar contra o chão e assim gerar o máximo de apoio aerodinâmico. Então, desta forma, a FIA tenta evitar que os times propositalmente flexionem o piso além do permitido para obter esta “selagem” e assim ganhar mais velocidade.

Todo caso, ainda existem brechas. A Red Bull incluiu uma espécie de aleta no fundo do RB18 e alegou que serve como “apoio de transporte do carro no box”. Porém, se fala que esta aleta tem justamente esta função de ajudar a canalizar mais ainda o ar debaixo do carro. Aí também se explicaria a melhora de desempenho do RB18 em Imola.

É o eterno jogo de gato e rato. E os projetistas sempre acabam abrindo novas brechas mesmo com todo o zelo dos fiscais...

Parabólica
Compartilhar
Publicidade
Publicidade