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FIA não aceita pedido da Haas nos EUA, mas admite falha na fiscalização

Após reunião remarcada, FIA não considera pedido da Haas para o GP dos EUA. Mas admite falha na fiscalização dos limites de pista

9 nov 2023 - 15h08
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Red Bull nos limites de pista em Austin. Comissários admitiram que não tinham como punir
Red Bull nos limites de pista em Austin. Comissários admitiram que não tinham como punir
Foto: Oracle Red Bull Racing Team

Após a remarcação da reunião que analisaria o pedido de revisão feito pela Haas em relação ao GP dos Estados Unidos para esta quinta (9), os Comissários participaram de video conferência para fazer o efetivo tratamento da questão. Além dos Comissários, estiveram presentes membros da Haas, Aston Martin, FIA, Red Bull e Williams. Ferrari e McLaren enviaram representantes, mas somente para acompanhar como "partes interessadas".

Após escutar todas as partes, os Comissários julgaram o pedido da Haas não procedente. Algo que já era esperado. Porém, o documento que resume toda a ação é um pedaço delicioso de como é este tipo de reunião e temos que agradecer muito a quem fez a sua redação. A sua integra está disponível a seguir

A argumentação da Haas foi inicialmente feita questionando a não-punição a Alexander Albon por não ter cumprido os limites de pista na Curva 6 de Austin. A alegação também cita os carros de Logan Sargeant, Sergio Perez e Lance Stroll, que teriam cometido a mesma infração e também não haviam sido punidos.

Além disso, o representante da equipe americana cita que o Diretor de Provas (Niels Wittich) e o Diretor Desportivo de Monopostos da FIA (Nikolas Tombazis) admitiram na reunião com os Chefes de Equipe no GP do México de que a fiscalização da Curva 6 em Austin não era a ideal. Mas não trouxe mais nenhuma evidência para ser considerada, embora tenha citado as filmagens dos carros para sua argumentação.

Aqui começa o show...

O Diretor Esportivo da Aston Martin, Andy Stevenson, disse que acreditava que nao haviam elementos novos para avaliação e que vários testes exigidos pelo Código Desportivo não iam de encontro ao que poderia se considerar novas evidências. Além disso, elementos como filmagens internas e câmeras de circuito interno (CCTV) não eram evidências secundárias e foram apresentadas várias vezes a todos os times pela FIA como prova de que não eram os unicos elementos de controle dos limites de pista.

Stevenson ainda disse que, nada havia sido encontrando contra o carro 18 (Lance Stroll) e que sua conduta não deveria estar sendo avaliada de acordo com o Pedido de Revisão feito pela Haas. E se a equipe tivesse algo contra, que fizesse um pedido específico para o carro da Aston Martin. No que foi acompanhado por Jonathan Wheatley, Diretor Esportivo da Red Bull.

Wheatley ainda foi mais duro: disse que o exposto pelo Diretor de Prova e o Diretor Desportivo de Monopostos da FIA no encontro do GP do México era "completamente irrelevante" para este caso.

Após a exposição de todos os Comissários, o pedido da Haas não foi aceito por entender que a alegação não trazia nenhum fato novo que pudesse alterar a decisão tomada. Mas em uma parte, é feita uma verdadeira admissão de culpa.

No item 25 do documento, os Comissários dizem que as evidências que estavam disponíveis sobre o carro de Alex Albon não eram "consistentes" ou "acuradas" (grifo do documento) para poder punir o piloto. De acordo com os Comissários, os limites de pista são conferidos através de evidências de vídeo através de circuito interno de câmeras (CCTV) de adequada resolução para poder ver a posição do carro e a limitação. Só que a câmera da Curva 6 não atendida a este padrão e nem pegava a tangente da curva...

Como o sistema não permitia acurácia e consistência, os Comissários optaram por não punir Albon. Foi o famoso caso de "in dubio, pro reu". Ou seja, na dúvida o réu não pode ser prejudicado. Dessa forma, os Comissários admitiram que o sistema era falho e que melhores soluções teriam que ser encontradas para 2024.

Parabólica
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