Rio - Chegar a La Paz, quarta, a apenas duas horas do início do jogo com a Bolívia, não será a única forma encontrada pela comissão técnica da Seleção Brasileira para enfrentar os efeitos da altitude de 3.600m. O objetivo é trabalhar a cabeça dos jogadores e impedir que o pensamento fique voltado para os efeitos de jogar acima do nível do mar.
Na noite de segunda-feira, o grupo assistiu a uma palestra sobre os efeitos da altitude. “Procuramos mostrar, através de dados científicos, que só após seis horas de permanência na cidade é que a pessoa sente algum tipo de efeito. Assim, tentamos impedir que o fator psicológico reforce os efeitos da altitude”, disse o técnico Luiz Felipe Scolari.
No coletivo desta terça, os jogadores foram orientados a respeito do posicionamento em campo. A marcação deverá começar pelos atacantes. No entanto, o desgaste excessivo deverá ser evitado. “Minha preocupação era ensinar aos jogadores como dosar energia. Eles podem fazer isso indo a alguns setores do campo na hora certa. Tem momentos em que dá para respirar. Se você não pensar, e correr atrás do adversário a mil por hora desde o início do jogo, pode ter problemas antes dos quinze minutos”, alertou Felipão.
Ele avisou que, por causa da altitude, já prevê que será preciso fazer as três substituições ao longo da partida desta quarta.