Rio - O atacante Adhemar deixou o calor do Brasil e
foi para o frio da Alemanha. O jogador, de 28 anos, tem como missão tirar
a equipe do Stuttgart das últimas colocações do campeonato Alemão. Ainda
morando sozinho, num hotel, o jogador sente falta da família e dos amigos. A
diferença do idioma também atrapalha a adaptação. Adhemar poderá estrear
neste sábado pelo Stuttgart. O jogo será contra o Kaiserslautern, em casa.
O atacante afirma ter sido bem recebido pelos novos companheiros e que até
os outros atacantes do Stuttgart se preocupam com ele. “ Minha adaptação está sendo a melhor possível. Estou me acostumando
aos poucos com o idioma, que é bem diferente, e com frio, que é forte nesta
época do ano. Mas os jogadores que falam português como o Bordon, Roberto
Pinto e o Balakov, estão me ajudando bastante. Além do Efrain, que é o meu
intérprete
aqui na Alemanha”, disse Adhemar, que ainda sente muita falta de sua esposa
e de seus dois filhos, que ficaram no Brasil.
O Stuttgart está na última colocação na Bundesliga, mas segundo o
jogador brasileiro não existem explicações para o fracasso na temporada. “ A estrutura não é boa. É maravilhosa. Acho que o Stuttgart não
perde para nenhum clube no mundo em estrutura, em campos de treinamentos,
em nada. Eu não posso apontar nada de errado dentro do clube. Não sei
explicar por que está nas últimas colocações. Mas com certeza iremos sair
dessa situação”, disse Adhemar
O desafio de chegar a um clube nessas situações não assusta Adhemar.
O jogador lembrou de quando chegou ao São Caetano a equipe do ABC paulista
também não tinha a projeção que tem hoje, e que atuar pelo Stuttgart está
sendo muito bom.
Nem o fato de ter chegado ao Stuttgart como o artilheiro do Copa João
Havelange deixa Adhemar preocupado com as cobranças. “ Eles sabem que fui artilheiro da Copa João Havelange e querem que eu faça
aqui a mesma coisa. Eu sei que a cobrança será bem maior. É ter
tranqüilidade e jogar futebol que as coisas acontecem normalmente”,
afirmou.