Rio - O escândalo de passaportes falsos parece não ter
fim. O investigado da vez é o atacante uruguaio Alvaro Recoba, da Inter de
Milão. De acordo com o jornal italiano "Corriere della Sera", caso fiquem
provadas irregularidades na documentação do jogador, ele pode ser expulso da Itália e ainda ser condenado a até quatro anos de prisão.
Depois de testemunhar em Udine sobre a provável falsificação de seus
documentos, Recoba viajou para Montevidéu para resolver problemas
burocráticos. O passaporte falso possibilitaria que o jogador atuasse pela
Inter como comunitário, ou seja, sem ocupar uma vaga de estrangeiro.
Os dirigentes da Inter garantem estar tranqüilos sobre o caso de Recoba, o jogador mais bem pago do mundo. "Estamos conscientes de que não temos culpa neste caso", dizia um trecho de um comunicado do clube enviado à imprensa.
Apesar da aparente tranqüilidade, a Federação Italiana de Futebol pode
aplicar sanções à Inter. Caso as investigações apontem irregularidades na
documentação de Recoba, o clube de Milão será punido por ter ultrapassado o limite de estrangeiros em 23 jogos do Campeonato Italiano.