Rio - Após a perda do inédito título brasileiro para o Vasco, nesta quinta-feira, no Maracanã, com a derrota de 3 a 1, o técnico do São Caetano, Jair Picerni, não escondeu a insatisfação com seus jogadores. O time do ABC paulista ficou longe de repetir as atuações que o consagraram como a equipe sensação da fase final da Copa João Havelange, o que fez o treinador lamentar. “O time não agradou. O Vasco jogou em cima dos erros do São Caetano. Erramos passes que não costumamos errar. Na frente do Romário não podemos cometer falhas”, disse Picerni.

O treinador, depois de reclamar do pouco tempo treino que o São Caetano teve para se preparar para a final, descartou que a marcação de um novo jogo tenha sido a causa da derrota desta quinta. “Os incidentes em São Januário foram ruins para nós, mas para eles também. Não temos o que contestar, pois o Vasco jogou melhor durante todo o tempo.”

O goleiro Sílvio Luiz foi um dos poucos a discordar da afirmação de Picerni. “ Se eu falar que a realização de uma nova final não atrapalhou o São Caetano, estarei mentindo. Os jogadores que foram vendidos (Adhemar, Claudecir e Japinha) só treinaram duas vezes com todo o grupo. Apesar disto, o mérito é todo do Vasco, pois bobeamos.”

Já o atacante Adhemar também mostrava abatimento. Nem mesmo o fato de ter terminado a Copa JH como artilheiro, com 22 gols, - dois à frente de Romário - serviu de consolo. “A artilharia foi importante, mas acima de tudo o título era o que eu queria”, disse o jogador, que está de malas prontas para se apresentar ao Sttutgart, da Alemanha.

Além de seu artilheiro, o São Caetano disputará a Copa Libertadores da América e o Campeonato Paulista sem o cabeça-de-área Claudecir, que se transferiu para o Palmeiras, e o lateral-direito Japinha, negociado com o Bahia.

Nas ruas de São Caetano do Sul, a perda do título não estragou a festa que estava preparada. Os torcedores alegaram que o time foi o campeão moral, em razão dos incidentes ocorridos, em São Januário, no dia 30 de dezembro, quando parte do alambrado da arquibancada cedeu, ferindo mais de 100 pessoas.

L!Sportpress