São Paulo - Antes mesmo de chegar ao Corinthians, Paulo Nunes, o Diabo Loiro, já provoca a primeira saia justa entre os dirigentes do clube paulista e o técnico Darío Pereyra, que deve engolir a seco o jogador nos próximos dias.
"A rigor, o negócio está fechado", diz o vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini.
"O Paulo Nunes já se sente jogador do Corinthians", afirma o advogado Antônio Cattapreta, procurador do atacante.
Em troca, o Timão está cedendo ao Grêmio o cabeça-de-área Gilmar Fubá, que está sem contrato com o clube, e o atacante Luiz Mário. O primeiro irá para Porto Alegre em definitivo; o segundo, por empréstimo.
"Será uma contratação da diretoria. Não indiquei o Paulo Nunes, mas não me oponho. Se vier, vai reforçar o nosso grupo", diz Darío.
O treinador chegou a ser contra o negócio, mas recuou. A turma do contra, entretanto, não se limita a Darío Pereyra. A maioria da torcida corintiana ainda relaciona Paulo Nunes ao maior rival. O atacante defendeu o Palmeiras por três temporadas e foi o centro de muitas polêmicas na rivalidade entre os clubes, defendendo sempre o lado verde.
"Na fase em que o Corinthians está não deveria fazer essa contratação. A torcida está indisposta com o clube e trazer um jogador que passou pelo Palmeiras nessa hora não é uma boa medida", avalia o técnico de basquete e comentarista de TV Zé Boquinha, corintiano.
A Gaviões da Fiel, maior organizada do Corinthians, também se manifestou contrária à contratação. Para o procurador de Paulo Nunes, Antônio Cattapreta, não há resistência da torcida. Pelo contrário.
"Pensei que a torcida do Corinthians tivesse ódio. Almoçando com ele em São Paulo, percebi que ela ama o Paulo Nunes", exagera.
Paulo Nunes já acertou as bases salariais e está em São Paulo, à espera do anúncio oficial.