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Jogadores do Cruzeiro fogem da polêmica sobre a JH
Sexta-feira, 22 Dezembro de 2000, 00h52

Belo Horizonte - Campeonato Brasileiro ou Copa João Havelange? Para os jogadores do Cruzeiro, a primeira opção é que vale. Eles são unânimes em afirmar que, caso terminem a competição como campeões, não irão titubear em comemorar o primeiro título conquistado pelo Cruzeiro em campeonatos brasileiros. E os torcedores poderão se orgulhar por poderem colocar a tão sonhada estrela amarela na camisa celeste.

Na opinião do capitão Cléber, toda a polêmica em torno da criação da Copa João Havelange nada mais serviu do que para homenagear o ex-presidente da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF) e da Fifa. “Poderia até ter outro nome, mas não deixa de ser Campeonato Brasileiro, já que todas as grandes equipes do país estão jogando, igual aos anos anteriores", observa. “Não se pode tirar o mérito de uma conquista em nível nacional, onde as dificuldades são as mesmas das competições de anos anteriores", completa. O lateral-direito Rodrigo concorda. “Afinal de contas, disputam os melhores times brasileiros. Não há diferença alguma, só o nome".

O armador Jackson acha engraçada toda essa confusão. E ri ao se lembrar que quase nunca chama a competição pelo seu nome original. “Eu só digo Campeonato Brasileiro. É o costume. A confusão é muito grande e ainda vai dar muita polêmica", prevê o jogador. Ele imagina que outros clubes poderão não aceitar que o vencedor da Copa João Havelange seja proclamado campeão brasileiro. “Se for o Cruzeiro, vou falar que conquistei o Campeonato Brasileiro", avisa.

Para o volante Ricardinho, não existe polêmica, pois considera a competição como o equivalente ao Brasileiro. “Muita gente está falando que o que estamos disputando não é o Campeonato Brasileiro. Para mim, tudo não passa de uma bobagem. Aliás, acho que é até mais difícil de que os brasileiros que foram disputados anteriormente. Na primeira fase, jogamos 24 vezes para sermos o melhor e agora estamos no mata-mata semelhante ao da Copa do Brasil. Que acaba não nos dando vantagem alguma, a não ser o fato de jogar com o apoio da torcida o segundo jogo", avalia o jogador.

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