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Terrorismo e assalto apavoram brasileiros
Terça-feira, 19 Dezembro de 2000, 20h50

Rio - O Rali Paris-Dakar é considerado um dos mais difíceis do mundo, principalmente pelos seus desafios naturais como as dunas, as pedras e os buracos. Mas olhando as estatísticas, os competidores descobriram que precisam ficar atentos à outras ameaças: os assaltos e os ataques terroristas têm se caracterizado como mais um desafio a ser superado pelos pilotos.

Os brasileiros André Azevedo, Klever Kolberg, Juca Bala e Luiz Mingione sabem disso e se preparam para a prova, que começa no dia 1º de janeiro. Em 1999, uma emboscada de rebeldes fez com que 50 pilotos e jornalistas ficassem a pé. Dois caminhões, três carros e uma moto foram roubados, além de equipamentos de trabalho, como notebooks, telefones via satélite, máquinas fotográfica e de vídeo, dinheiro, roupas, alimentos, ferramentas, pneus e combustível.

Um ano antes, o tcheco Tomas Tomecek, hoje navegador do brasileiro André Azevedo num caminhão Tatra, foi uma das vítimas quando liderava a prova, ao atravessar a Mauritânia, e teve seu caminhão roubado. Na última edição da prova, em janeiro deste ano, uma ameaça de atentado obrigou a caravana do rali a atravessar o Níger em aviões.

“O maior problema está na Mauritânia, um dos países africanos que serão atravessados durante o rali de 2001. O governo local garantiu à organização da prova toda a segurança aos participantes, mas essa promessa mais parece uma piada. Na África, estamos no fim do mundo”, conta Klever Kolberg.

Segundo os experientes Klever e André Azevedo, que já acumulam 13 participações, os pequenos furtos sempre aconteceram nos acampamentos do rali, mas nunca houve nada com a intensidade e freqüência constatadas nas edições mais recentes. Para combater esses ataques, Klever destaca a comunicação rápida como uma ferramenta fundamental.

“Num assalto, por exemplo, conseguir falar com a organização o quanto antes é necessidade básica. Afinal, ficar a pé no deserto é muito perigoso e as conseqüências podem ser seríssimas”, disse o brasileiro.

Para não correr riscos, os veículos dos brasileiros - o Mitsubishi Pajero de Klever e o caminhão Tatra de André - são equipadas com um sistema de monitoramento via satélite que, além de permitir a localização do veículo, dá aos participantes a possibilidade de emitir um sinal de emergência que pode salvar a vida dos pilotos caso eles precisem de um resgate.

“Isso já nos deixa bem mais aliviados, mas ainda vamos ficar preocupados com o Juca Bala e o Luiz Mingione, já que nas motos não há espaço para instalarmos o sistema de rastreamento”, explicou André Azevedo.

Por causa desses assaltos, os organizadores mudaram completamente o roteiro da prova em 2000, que ligou Paris a Dakar e depois ao Cairo, para evitar as regiões mais perigosas. Mas esta medida, apesar de ter conseguido evitar o risco dos roubos, acabou colocando o rali na direção de um dos maiores e mais agressivos movimento guerrilheiros da atualidade, o GIA (Grupo Armado Islâmico).

A possibilidade de um ataque terrorista à caravana do rali Paris-Dakar-Cairo 2000 fez com que a organização da prova tomasse medidas extremas de proteção aos competidores. O rali foi interrompido e toda a caravana foi transportada via aérea para fora do território do Níger, direto para a Líbia. No total foram transportados 113 carros, 143 motos, 64 caminhões, 16 veículos de imprensa e 1.365 pessoas. Em quatro dias, todo esse equipamento foi embarcado num super cargueiro aéreo que atravessou uma distância de 2000 quilômetros. Para os competidores foi fretado um Boeing 747.

A questão dos assaltos está tomando proporções perigosas e Klever espera que neste ano a organização e os exércitos locais consigam garantir a segurança dos pilotos. “Na África, atravessamos regiões de grande miséria. Quando estamos dormindo, os ladrões cortam as barracas e puxam o que podem lá de dentro. Normalmente, os exércitos locais protegem os acampamentos, mas é melhor colocar tudo em uma mochila ou no carro. Mas nos dois últimos anos, eles chegaram armados e todo mundo teve de entregar tudo para sair vivo. E o pior é que isso já está virando rotina”, lamenta o piloto.

L!Sportpress


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