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Fax pode comprometer Careca no caso dos passaportes
Quinta-feira, 07 Dezembro de 2000, 18h27

Campinas - Um fax, supostamente enviado por Careca ao ex-presidente do São Bento de Sorocaba, Edgard de Almeida Moura, pode reforçar as suspeitas de que o ex-atacante da Seleção Brasileira estaria envolvido com a compra de passaportes falsos para jogadores brasileiros atuarem na Europa. No suposto fax, Careca teria pedido a Moura R$ 15.249,99 para pagar parte das despesas com a liberação de um passaporte definitivo ao jogador Jedaias Capucho Neves, o Jeda, que está jogando pelo clube Vicenza, na Itália.

O fax é citado numa ação de prestação de contas que Moura move contra o Campinas Futebol Clube, time da série B2 dirigido por Careca. Embora afirme ter recebido o fax do ex-atacante, Moura não anexou o documento ao processo, protocolado em 5 de julho, na 2 Vara Cível de Campinas. Com base nesse fato, a defesa de Careca está contestando a acusação e afirma ter havido "má fé" por parte do ex-cartola.

No processo, de número 2106/00, Moura cobra de Careca esclarecimentos sobre supostas transações que o ex-atacante teria realizado com clubes italianos, envolvendo jogadores brasileiros. Os negócios teriam ocorrido em fevereiro, quando o time do Campinas Futebol Clube foi à Itália para participar da Copa Carnevalle, na cidade de Viareggio. Jeda estava no Grupo.

Antes da excursão, Moura e Careca assinaram um termo de acordo, comprometendo-se a dividir as despesas da viagem. Pelo acordo, firmado em 25 de janeiro, Moura participaria com R$ 35 mil, referente a 50% das despesas. O ex-cartola diz no processo que o campeonato serviria de "vitrine" para os jogadores. Se as apresentações fossem bem sucedidas, segundo Moura, haveria chances de negociar os atletas no mercado italiano. O acordo assinado entre Careca e Moura também previa os percentuais que caberiam a cada um, caso algum jogador fosse negociado.

Se o atleta fosse indicado por Moura, o ex-cartola ficaria com 40% da venda e o Campinas Futebol Clube com 60%. Se o jogador fosse indicado pelo clube de Campinas, Moura ficaria com 30% e Careca com 70%. Depois da viagem, o documento ainda teria validade por 120 dias.

O time de Campinas ficou em terceiro lugar na Copa Carnevalle. Com isso, segundo Moura, o Campinas Futebol Clube teria conseguido negociar na Itália os jogadores Jeda e André Augusto Leone, o Dedé, que foram atuar pelo Vicenzza. No processo, Moura diz, ainda, que na mesma época estavam sendo negociados com o F.C. Juventus, os jogadores Fabrício de Souza e Carlos Rodrigo Correa.

No processo, Moura diz que Careca teria desrespeitado o acordo entre ambos ao realizar as transações sem consultá-lo. O ex-cartola diz que só ficou sabendo das vendas dos jogadores por intermédio de amigos. "As cifras ultrapassavam a casa de US$ 1 milhão", diz no processo. Moura conta que tentou conversar com Careca várias vezes, mas não foi atendido.

Após retornar ao Brasil, Moura diz que recebeu o fax de Careca, cobrando os R$ 15. 249,99. Esse valor, segundo o ex-cartola, equivaleria a um terço das despesas que Careca teria pago para tirar o passaporte definitivo de Jeda. "Por que um jogador que não foi negociado precisaria de um passaporte definitivo?", questiona Moura no processo. E, em seguida, completa: "Será que um passaporte definitivo custa realmente US$ 25 mil, conforme o fax?".

A defesa de Careca contesta a acusação alegando falta de provas. "Onde encontra-se o fax?", questiona o advogado do ex-atacante, Roberto Persinotti Júnior. Moura não foi localizado hoje (07) para mostrar o documento. Seu irmão e sócio, Wagner Moura, informou que o ex-cartola estava viajando. O advogado de Moura, Marcus Alberto Morais, também não foi localizado para comprovar a existência do fax.

Em sua contestação, o advogado de Careca também nega as "transações milionárias" que Moura diz ter ocorrido na Itália. "São suposições infundadas", afirma. Segundo ele, os jogadores citados não pertenciam ao clube de Careca quando ocorreu a excursão à Itália. No processo, Moura não deixa claro a quem pertenciam os passes de Jeda e Dedé.

"É inquestionável que não houve efetivação de venda dos jogadores, tanto pelo Campinas Futebol Clube como pelo autor (Moura), não havendo, portanto, valores devidos de uma parte a outra", garante Persinotti Júnior. O advogado quer que a Justiça condene Moura a pagar uma indenização a Careca, por perdas e danos.



Agência Estado


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