Blatter recusa convite para depor na CPI do futebol
Sexta-feira, 03 Novembro de 2000, 00h52
Atualizada: Sexta-feira, 03 Novembro de 2000, 00h53
São Paulo - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, respondeu de maneira dura ao convite feito pelos senadores brasileiros para que participasse da CPI do Futebol, que investiga as transações financeiras dos clubes. Em comunicado oficial, o dirigente diz que respeita os polÃticos e o Governo brasileiro, mas mantém sua posição de não aceitar ações externas em assuntos do futebol.
Blatter, que em declarações anteriores ameaçou tirar o Brasil da Copa de 2002 se as investigações continuassem, também ressaltou seu respeito pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O dirigente diz que sua atitude não é nova - repete o procedimento adotado em casos similares envolvendo paÃses como a Polônia, a Albânia e alguns paÃses da Ãfrica.
Boca fechada - O presidente da CPI do Futebol, senador Ãlvaro Dias (PSDB-PR), afirmou que Blatter "perdeu uma grande oportunidade de ficar calado". Para o polÃtico brasileiro, as declarações do presidente da Fifa mostram seu pouco conhecimento das leis brasileiras, as quais consideram a seleção brasileira um patrimônio cultural. A "interferência", segundo o senador, não é apenas um direito, mas uma obrigação dos polÃticos.
CPI da Nike - O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da CPI da Nike, que investiga o contrato entre a empresa e a CBF, passou o dia de ontem analisando os documentos que recebeu das federações estaduais. Hoje, ele deverá definir quais documentos relativos à quebra de sigilo bancário da CBF, Traffic, Ricardo Teixeira e J. Havilla serão requisitados pela CPI.
O Estado de S.Paulo
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