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CPI do Senado teme frustrar torcedores
Domingo, 29 Outubro de 2000, 02h26

São Paulo - O presidente da CPI do Senado que começou a investigar o futebol há duas semanas está confiante e acha que a Comissão trará resultados práticos para mudar o futebol. Mas Álvaro Dias (PSDB-PR) não nega: tem receio de frustrar o torcedor, aquele que não está acostumado a lidar com o noticiário político e espera demais dos parlamentares, pensando que a CPI será a panacéia para o sempre suspeito futebol brasileiro.

"É bom deixar bem claro que nós temos limitações. A Comissão não vai condenar ninguém", antecipa o senador.

Dias não nega que confia mais naquela que chama de fase propositiva da CPI. Depois de apuradas irregularidades em transações de jogadores, sonegação de impostos e a existência de caixa dois em clubes, a Comissão vai fazer propostas para mudar as leis que regem esse esporte no País.

O início dos trabalhos foi elogiado por todos no Senado e até por alguns membros da CPI "rival", a da Câmara. Primeiro, recolher documentos e provas.

Depois, ouvir depoimentos. Na Câmara, a tropa de choque de Eurico Miranda já conseguiu o contrário. A impressão que fica a cada dia é de que, se existe esperança de as investigações sobre o futebol darem algum resultado prático, ela vem do Senado.

A atuação de Álvaro no Senado também é elogiada até por membros de partidos de esquerda. Ele é o que se pode chamar de "tucano" de bico vermelho. No segundo turno da eleição de Curitiba, ele apóia o petista Ângelo Vanhoni contra o prefeito Cássio Taniguchi, do PFL. Ao mesmo tempo, contou com o apoio do presidente do Senado Antônio Carlos Magalhães para que a CPI fosse instalada rapidamente. Circula bem por todos os lados do Senado.

Para os críticos, tudo o que ele faz, inclusive sua participação na CPI de Futebol, é um palanque para sua campanha ao governo do Paraná. A resposta vem rápida. "Todos os parlamentares serão candidatos a alguma coisa em 2002.

Então tudo mundo vai ficar parado por isso? E, além do mais, as pesquisas mostram que eu não vou precisar desse tipo de palanque para ganhar a eleição."

Jornal da Tarde - O futebol é alvo de denúncias há muito tempo e virou sinônimo de negociatas, sonegação e irregularidades. Todos esperavam por uma CPI. Agora temos duas. Elas não vão frustrar as expectativas, até por haver competição?

Álvaro Dias - Antes de tudo é bom deixar bem clara a criação das duas Comissões. A da Câmara ficou tramitando por dois anos e acabou não dando em nada. Então, em dois dias, 13 e 14 de setembro, nós conseguimos viabilizar a CPI do Senado. Aí, a Câmara reabilitou a deles, que estava na gaveta. O Senado tem condições melhores para trabalhar com isso porque tem uma isenção maior. O começo já demonstrou isso. Enquanto a nossa tem cobertura jurídica e assessoria técnica, a da Câmara já caiu em descrença.

E por que não foi pedida uma CPI mista, como a do Collor?

Porque ela ficaria mais exposta à pressão que os cartolas conseguem exercer no Congresso. Então não há pressão dos clubes no Senado? Não. Nunca senti. Nem do Maguito Vilela (senador pelo PMDB-GO que foi vice-presidente da CBF)? De jeito nenhum. Na primeira sessão da CPI, ele apoiou a quebra de sigilo de todo mundo: CBF, Traffic, Luxemburgo...

Então o senhor garante que ela não frustrará as expectativas? Tenho receio da expectativa excessiva que está sendo criada sobre a CPI. Ela foi parar no noticiário esportivo e as pessoas que acompanham o futebol não conhecem as limitações de uma Comissão. Ela não condena ninguém, não confisca bens. Apenas investiga, apura, faz o diagnóstico e envia os resultados para o Ministério Público iniciar as ações penais.

Essa CPI vai ter uma coisa muito importante, que é a fase propositiva... O senhor insiste sempre em falar da fase propositiva. Então, essa CPI tem um caráter menos investigativo...

De jeito nenhum. Ela é investigativa por natureza. Mas acho que a fase final será importante porque faremos propostas para modernizar a legislação do futebol. Investigar é nossa responsabilidade. Os problemas do futebol são por incompetência das autoridades. Se há corrupção, ela decorre disso. Temos que propor novas leis. Na Previdência, os clubes são privilegiados, pagam só 5% contra 20% do cidadão comum. Isso tem que mudar. As leis que envolvem a transação de jogadores para o exterior são de 1920!

Com o que o sr. ficará satisfeito no final dos trabalhos da Comissão?

Se essa parte de novas propostas tiver sucesso, já terá atendido às expectativas, sem nenhuma necessidade de espetaculosidade. Não vou vender uma falsa ilusão.

Jornal da Tarde


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