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Homem que intermediou acordo CBF/Nike quer ajudar CPI
Quarta-feira, 25 Outubro de 2000, 01h08

São Paulo - O jornalista José Hawilla, dono da empresa Traffic, que intermediou o contrato entre a CBF e a Nike, disse nesta terça-feira que colocará à disposição da CPI todas as informações bancárias e fiscais de sua empresa. "Se a CPI entender assim, terei o maior prazer em fornecer todas as informações de minha empresa, que sempre atuou de forma transparente", declarou Hawilla.

De acordo com ele, a Traffic ganhou US$ 8 milhões com o contrato entre a Nike e a CBF. "Nossa comissão foi de 5% sobre os R$ 160 milhões que entrarão nos cofres da CBF em dez anos", afirmou Hawilla. No outro contrato intermediado pela Traffic, entre a CBF e a Coca-Cola, Hawilla diz que a comissão foi de 20%. O contrato inicial, assinado em 1991, era de US$ 7,2 milhões.

Para Hawilla, não se pode falar em simples corretagem, como acontece com uma venda de imóvel. "Não ganhamos só pela intermediação, porque nosso trabalho não acaba na assinatura do contrato", explica. "A Nike é nossa cliente e estamos sempre assessorando a empresa com qualquer problema referente ao contrato."

Uma dessas intervenções, segundo Hawilla, foi para mudar a cláusula que previa uma cota mínima de cinco amistosos da seleção brasileira por ano, somando 50 jogos em dez anos. Depois de uma negociação, a Nike concordou em diminuir a cota para dois amistosos anuais.

A cláusula foi uma das mais criticadas na época da assinatura do acordo. Além de cumprir a agenda da Nike, a CBF era obrigada a escalar a maioria dos titulares. "Foi um erro nosso prever aquela cota inicial", admite Hawilla. "Percebemos depois que não era possível reservar tantas datas, porque a seleção tem muitos compromissos oficiais."

Para ele, não há qualquer problema no contrato ou na sua relação com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Conforme denúncia do deputado federal e vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda, os dois seriam sócios. "Isso é apenas mais uma fala inconseqüente do Eurico", rebate Hawilla. "Sou amigo do Ricardo Teixeira há dez anos, mas nunca fomos sócios. E tenho certeza de ele também nada tem a esconder da CPI."

Jornalista que até os anos 80 trabalhava na TV Globo, Hawilla tornou-se um dos empresários mais bem-sucedidos do futebol brasileiro. Depois de comprar a Traffic, em 1981, Hawilla começou a negociar contratos de publicidade nos estádios. Em sociedade com Kléber Leite (que depois foi presidente do Flamengo), Hawilla obteve contratos maiores até chegar à CBF.

Além de cuidar da marca CBF, a Traffic organiza a Copa América, a Libertadores da América, a Mercosul e o Mundial Interclubes. A empresa assumiu ainda o departamento de esportes da TV Bandeirantes e tem 49% de suas ações negociadas com a Hicks Muse, parceira do Corinthians.

O Estado de S. Paulo


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