Trilho Voucher inaugura nova fase dos benefícios corporativos e moderniza o uso dos vales-refeição, alimentação e cultura
A partir de novembro de 2025, a nova infraestrutura amplia a aceitação dos cartões de benefícios
A partir de novembro de 2025, os pagamentos com vale-refeição, vale-alimentação e vale-cultura vão ganhar um “novo trilho”: o trilho voucher, tecnologia que promete tornar as operações com maior aceitação, praticidade e justas para todos os envolvidos.
Com início em 3 de novembro, a nova infraestrutura tecnológica criada pela indústria de cartões fará com que todas as transações de benefícios usando os cartões Elo, Mastercard e Visa trafeguem obrigatoriamente pelo trilho voucher.
Assim como já existem “trilhos” para as operações de crédito, débito e pré-pago, o trilho voucher foi desenvolvido especificamente para processar pagamentos de benefícios. A medida busca garantir mais eficiência, transparência e segurança jurídica para as empresas que operam no setor.
Com isso, o mercado de benefícios corporativos vive um momento de virada. A criação desse novo caminho é resultado do Decreto nº 10.854, de 2021, e da Lei nº 14.442, sancionada em 2022, que abriram o mercado de benefícios para a atuação das principais bandeiras de cartão. A mudança intensificou a concorrência e trouxe novas oportunidades para estabelecimentos comerciais e consumidores, que agora passam a contar com uma estrutura mais moderna e integrada.
A Abecs, associação que representa todos os setores da indústria de meios eletrônicos de pagamento, teve papel fundamental para definição dos padrões e viabilização deste trilho. Por meio da formação de um grupo de trabalho ativo e colaborativo entre as bandeiras, foram definidas as principais diretrizes para autorregulação e abertura do mercado de benefícios. Esses fatores, associados à comunicação e engajamento dos parceiros e reguladores, têm viabilizado a habilitação da nova função voucher nas maquininhas de todos os comércios elegíveis, de forma ágil e escalável.
O QUE MUDA PARA OS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS?
Para os estabelecimentos comerciais, a novidade representa avanço em diversos aspectos. A padronização das transações deve facilitar a conciliação financeira, reduzir erros e pode contribuir para o aumento do volume de clientes. Restaurantes, supermercados e empresas do setor cultural também devem se beneficiar com o aumento da rede de aceitação e a fidelização de clientes.
Para que a migração aconteça sem transtornos, os estabelecimentos que aceitam benefícios precisam habilitar o trilho voucher até 2 de novembro de 2025.
A adequação varia conforme o tipo de operação. Lojas com maquininhas (POS) devem procurar sua credenciadora e solicitar a habilitação comercial do produto voucher. Estabelecimentos que utilizam TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) precisam alinhar o processo com credenciadoras, software houses e automações de venda. Já os e-commerces devem ativar o novo fluxo junto a gateways, garantindo que o checkout online esteja preparado.
A indústria de cartões reforça que a comunicação com o comércio é essencial nessa fase. O trabalho de educação e suporte técnico deve ajudar a evitar problemas como lentidão nas vendas ou recusas de pagamento.
OS BENEFÍCIOS DO TRILHO VOUCHER PARA O CONSUMIDOR
Os consumidores também têm motivos para comemorar: com o novo modelo, os cartões de benefícios poderão ser usados em um número maior de estabelecimentos, com a mesma tecnologia dos pagamentos tradicionais. Isso inclui pagamentos por aproximação e a possibilidade de inclusão dos vouchers em carteiras digitais, como já ocorre com cartões de crédito e débito.
O que o consumidor precisa fazer?
A orientação é que, ao pagar uma compra com vale-refeição, alimentação ou cultura, o cliente peça a opção ‘voucher’ na maquininha. Essa escolha garante que o pagamento seja processado corretamente pelo novo sistema.
A entrada em vigor do trilho voucher consolida a modernização do mercado de benefícios no país. Com mais transparência e concorrência, a expectativa é de um aumento na eficiência das transações e na oferta de serviços inovadores. A mudança promete impulsionar todo o ecossistema, beneficiando empresas, trabalhadores e o comércio.
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