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Operações Empresariais

Recuperação norte-americana impacta economia brasileira

2 jan 2014 - 07h44
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Os dados mais recentes do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos apontam um crescimento anual de 4,1% no terceiro trimestre. Os números, divulgados pelo Bureau of Economics Analysis (BEA), indicam que o consumo cresceu 2% (taxa anualizada), mostrando a recuperação da economia americana. O Federal Reserve (FED) anunciou que irá diminuir, gradualmente, o estímulo econômico, que despejava US$ 85 bilhões por mês. 

Para o diretor da empresa de educação financeira Mais Ativos, Álvaro Modernell, a tendência mundial de globalização leva a uma interdependência entre os países, e a recuperação apresenta uma perspectiva de que todos saiam ganhando. “O mercado dos Estados Unidos sempre foi um porto seguro, é referência para o mundo”, explica. Ele ressalta que os Estados Unidos, mesmo em crise, mantiveram a indústria produtiva e competitiva. Além disso, com as reservas injetadas, as famílias puderam voltar a consumir, reaquecendo o mercado. 

Contudo, o professor de relações internacionais da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) Marcus Vinícius de Freitas afirma que o Brasil pode “sofrer por não ter feito a lição de casa”. Ele afirma que a redução de estímulo econômico do governo norte-americano pode resultar na alta do dólar e afetar o nível de investimento estrangeiro. “Os Estados Unidos passam a apresentar, novamente, uma economia consolidada e com riscos menores”, compara. 

Para ele, o Brasil cometeu alguns erros durante a crise. “Entramos em uma fase de auto elogio, em que acreditávamos estar melhor do que realmente estávamos”. Além disso, ele afirma que o país sofreu com a inação, e que “o Custo Brasil continua alto, e a infraestrutura avançou pouco”. Freitas acredita que o Brasil falhou ao proteger demais a indústria, dificultando a competitividade.

Já Modernell se preocupa que o ano de 2014 seja de eleições, pois, segundo ele, nesse período podem surgir "medidas de vitrine”, que prejudicariam a economia nacional a longo prazo. Para ele, o país precisa se concentrar em retomar uma indústria competitiva. “Precisamos de medidas saudáveis para o Brasil”, afirma. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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