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Governo paulista mantém leilão da CESP apesar de pressões

Terça, 05 de dezembro de 2000, 18h17min
O governo paulista promete manter para esta quarta-feira a privatização da última e maior geradora do Estado de São Paulo, a Cesp Paraná, apesar de pressões contrárias de alguns dos grupos estrangeiros interessados no leilão.

"O governo não está cogitando o adiamento do leilão", disse à Reuters, nesta terça-feira, uma assessora da Secretaria de Energia de São Paulo.

A posição do governo estadual é uma resposta às pressões de alguns dos grupos, como a Electricidade de Portugal (EDP) e a Duke Energy, que preferem o adiamento do leilão até que esteja completo o enchimento do reservatório da usina de Porto Primavera --a maior dentre as que compõem a Cesp Paraná.

Na segunda-feira, o governo obteve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) uma licença ambiental que permite o enchimento do reservatório, desde que alguns itens sejam observados.

Sem o reservatório completamente cheio, a usina de Porto Primavera não poderá operar em sua capacidade total, que deve chegar a 1.840 megawatts (MW) de energia.

Além disso, o leilão da geradora depende da cassação de uma liminar que suspende o leilão, concedida na sexta-feira pela 1ª Vara de Justiça Federal de Bauru. Analistas de mercado esperam, no entanto, que o governo paulista obtenha o cancelamento dessa liminar ainda nesta tarde.

Seis grupos estrangeiros --as norte-americanas AES, Duke Energy e Southern Energy, a francesa EDF, a portuguesa EDP e a espanhola Endesa -- inscreveram-se no leilão. Mas eles ainda precisam confirmar a sua disposição de participar até as 18 horas desta terça-feira, com o depósito de garantias financeiras.

Um grupo já desistiu. A AES não vai participar porque "o projeto apresenta riscos maiores que o esperado", disse Andrea Ruschmann, diretora financeira da Cesp Tietê, controlada pela empresa norte-americana.

Fontes ligadas ao processo de privatização disseram que a EDF também não participará.

A portuguesa EDP ainda não decidiu se vai ao leilão enquanto avalia a licença ambiental. A Duke Energy nega-se a fornecer qualquer informação sobre sua participação no leilão. A assessoria da empresa, no entanto, confirmou que "seria melhor para a Duke se o leilão fosse adiado".

Nenhum representante da Endesa estava imediatamente disponível para comentar o leilão.

Desistência devem recuzir ágio

Com isso, o panorama que previa uma disputa acirrada em torno da Cesp já não chega mais a ser consenso entre os analistas do setor elétrico.

"Eu antes estava imaginando um ágio na casa dos 30%, naquele ambiente competitivo. A desistência da AES, que era uma grande favorita, reduz esse percentual", disse Pedro Batista, analista do Pactual.

O leilão da Cesp Paraná está marcado para esta quarta-feira, a partir das 9 horas, na Bolsa de Valores de São Paulo. O preço mínimo do bloco que será leiloado --formado por 38,67% do capital total e 61,62% do capital votante da Cesp-- foi fixado em R$ 1,739 bilhão pela Fazenda paulista.

A Cesp Paraná é a maior produtora de energia do Estado de São Paulo e a terceira maior do país, atrás apenas da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e de Furnas Centrais Elétricas.

Dependendo do resultado do leilão, no entanto, o novo controlador poderá conquistar a segunda posição no ranking das maiores geradoras no país.

A norte-americana AES, que já controla a Cesp Tietê pode ultrapassar a posição de Furnas em capacidade de geração se vencer o leilão da Cesp Paraná. O mesmo ocorreria com a Duke, que já é dona da Cesp Paranapanema

As outras companhias interessadas no leilão da Cesp-Paraná também não são candidatas a debutantes no mercado brasileiro.

A Southern tem participação na Cemig, estatal de energia de Minas Gerais. A EDF controla a Light no Rio de Janeiro e a EDP tem participação na Empresa Bandeirante de Energia (EBE) e na Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) .

A Endesa, por sua vez, é dona da Cerj e da Coelce (distribuidora do Ceará). Após a fusão com a Iberdrola, passou a controlar também três outras distribuidoras de energia na região Norte e Nordeste do país: a Cosern (Rio Grande do Norte), a Coelba (Bahia) e a Celpe (Pernambuco).
Reuters

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