Os países em desenvolvimento deverão crescer 5,3% em 2000. A previsão é do Banco Mundial, que em seu relatório "Perspectivas econômicas globais e os Países em Desenvolvimento" conclui que, para o próximo ano, o desempenho dessas economias não será inferior a 5%."Muitos governos adotaram reformas para um crescimento sustentável, por meio de eliminação da inflação, aumentando a integração com a economia global e melhorando a situação de saúde e de educação dos trabalhadores", afirma Nick Stern, economista chefe do Banco Mundial.
Segundo o relatório, o analfabetismo passou de 31%, em 1990, para 26% em 1998, enquanto expectativa de vida subiu de 63 anos para 65. Para Stern, políticas sociais e reformas internas irão permitir uma redução substancial da pobreza na próxima década nas regiões menos desenvolvidas.
O Banco Mundial ainda classifica como "impressionante" a recuperação da América Latina em relação aos anos anteriores. Para 2000, a média de crescimento do PIB deve ser de 4%.
A instituição ainda aposta no fato de que a região entrará em uma fase de crescimento moderado nos próximos dez anos. A explicação: políticas orientadas para desenvolver o mercado, além de um setor bancário e financeiro sólido.
As incertezas ficam por conta dos efeitos do preço do petróleo e a expansão econômica nos Estados Unidos. "Economias em desenvolvimento irão continuar a enfrentar riscos nos próximos anos, incluindo a volatilidade dos mercados financeiros e o fracasso em aprofundar reformas domésticas", afirma o relatório.
Para o Banco Mundial, o preço do petróleo tende a cair nos próximos dois anos. "Em 2001, o valor do barril do petróleo deve ficar em torno de US$ 25 e, em 2002, não deve passar de US$ 21", afirma o relatório. Mas a instituição alerta que, caso haja alguma crise internacional, o valor do produto pode atingir US$ 50.