IPC-Fipe fecha novembro com deflação de 0,05%
Terça, 05 de dezembro de 2000, 17h47min
O comportamento dos preços dos alimentos continua puxando a inflação para baixo na cidade de São Paulo. Em novembro, o IPC-Fipe registrou deflação de 0,05%, após ter fechado outubro em 0,01%. O resultado surpreendeu a instituição, que esperava uma variação de 0,20%. Com isto, a previsão de inflação da Fipe para este ano caiu para 4,6%.Para dezembro, o coordenador da pesquisa, Heron do Carmo espera uma variação de 0,5%, refletindo principalmente o aumento dos combustíveis. Ele calcula que a gasolina e o gás de botijão devam contribuir com 0,20 ponto porcentual ao IPC. Em novembro, o índice incorporou apenas uma parte do reajuste, que foi determinado na última semana do mês. O índice também não deverá contar mais com a contribuição negativa dos alimentos, já que a expectativa é de que parem de cair. Heron do Carmo reiterou que a retração deste item mostra um ajustamento dos preços, após a excessiva alta que teve no começo do semestre. Além dos hortifrutigranjeiros, que subiram em razão da geada, o leite é um dos principais produtos a devolver os aumentos. Nos últimos dois meses, caiu 16%. Em novembro, a retração do grupo Alimentação foi de 1,05%, contribuindo com -0,24 ponto porcentual no índice geral. O item Saúde também caiu (-0,16%), motivado pelos preços dos remédios e serviços médicos e laboratoriais. Outra surpresa foi o comportamento do grupo Vestuário. No início do mês, a Fipe esperava uma alta de 1,5% com a entrada da nova coleção e aumento da demanda por causa das compras de final de ano. No entanto, a variação foi de apenas 0,41%. Segundo avaliação do economista, estes produtos, assim como os equipamentos domésticos, podem estar refletindo a disposição do comércio de vender. Os artigos da linha marrom (imagem e som) e branca (geladeiras, fogões, fornos) chegaram até a registrar diminuição de preços, de 0,28% e 0,45%, respectivamente. As demais variações do IPC em novembro foram as seguintes: Habitação, 0,06%; Transportes, 0,69%; Despesas Pessoais, 0,34%; Saúde, -0,16%; Vestuário, 0,41%; e Educação, 0,09%.
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Agência Estado
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