A Merrill Lynch aumentou sua exposição Brasil, de 15% para 20%, no seu portifólio de alocação em América Latina, mantendo uma recomendação overweight para o País. Segundo o estrategista sênior para America Latina da instituição, Fernando Prata, a Merrill Lynch continua otimista em relação a toda a região para 2001. Para poder aumentar a recomendação para Brasil, a Merrill Lynch reduziu peso de exposição em Venezuela, Chile e México. Somente o Brasil e o México têm recomendação overweight. Segundo o relatório da instituição, os últimos indicadores econômicos dos EUA sugerem que a economia norte-americana está reduzindo o ritmo de crescimento em velocidade mais rápida do que anteriormente previsto, sem quaisquer sinais de pressão inflacionária.
Esse cenário sugere que o Fed deverá se sentir encorajado a afrouxar sua política monetária, antes do previsto. Os analistas da Merrill Lynch estão prevendo que o Fed irá mudar o viés da taxa de juros para neutro, nos próximos dois meses, e começará a reduzí-las por volta de março de 2001.
Segundo o relatório, isso será um importante catalizador para os mercados latino-americanos. Uma política monetaria mais frouxa do Fed, observa o relatório da Merrill Lynch, deverá melhorar a apertada situação atual de liquidez e poderá sugerir uma recuperação global da economia em 2002. Os países com dificuldades de financimento no mercado internacional, como Argentina e Brasil, deverão ser os que mais se beneficiarão com esse cenário.