O segmento de hipermercados voltou a brilhar no Grupo Pão de Açúcar, que fechou novembro com vendas de R$ 688 milhões. O crescimento nominal do faturamento total da companhia foi 34,5% maior ante novembro de 1999. Quando se levam em conta as mesmas lojas, o acréscimo foi de 11,8%. De janeiro a novembro as vendas somam R$ 6,7 bilhões.No mês passado, as vendas líquidas do Extra, a divisão de hipermercados, aumentaram 14,8% em relação ao mesmo período de 1999, levando-se em conta o mesmo número de lojas. Esse resultado ficou atrás apenas da divisão Eletro, especializada em eletrônicos, que ampliou em 48,8% o faturamento e que já vinha registrando um forte crescimento desde o início do ano, por conta de ampliação de fatias de mercado e da conjuntura favorável à venda de bens duráveis.
O diretor de Relações com o Mercado, Aymar Giglio Júnior atribui o excelente desempenho da rede Extra à mudança de estratégia da companhia, que passou a promover a loja de hipermercado como um ponto-de-venda com produtos perecíveis, marcas próprias e artigos de conveniência. A tática tem com objetivo retirar a conotação antiga de hipermercado, diz o diretor. "O hipermercado tinha perdido atratividade." Os números mostram que essa estratégia deu certo. As vendas líquidas do Extra tinham fechado o primeiro semestre com queda de 1,2% em relação a igual período de 1999, considerando o mesmo número de lojas.
Agora, de janeiro a novembro, há um crescimento de 2,2%. A divisão Pão de Açúcar, que são as lojas menores de supermercados, ampliou 5,7% as vendas líquidas no mês passado e acumula crescimento de 5,2% de janeiro a novembro, considerando o mesmo número de lojas.
A divisão Barateiro, que são os supermercados para população com menor renda, teve um ligeiro crescimento de vendas em novembro de 0,8% ante o mesmo mês de 1999, com igual número de lojas. A expectativa do Grupo é de melhorar o desempenho nos próximos meses, como resultado da revisão e do enxugamento da linha de produtos e a maior agressividade das marcas próprias do Barateiro.