Últimas     Notícias     Mundo     Brasil     Economia     Esporte     Informática     Revistas

INDICADORES
» Cotação do dólar
» Indicadores CMA
» Bloomberg


JORNAL DA LILIAN
SEU BOLSO
Pergunte ao Tamer» Pergunte ao    Tamer
CASH
» Gerenciador de
finanças pessoais
COLUNISTAS
» Sônia Racy
» Joelmir Beting
» Alberto Tamer
» Gustavo Franco
» Paulo Pinheiro
AGROPECUÁRIO
» Canal Rural
» Mercado Cafeeiro
» Negócios Pecuários
MARKETING
» Venda Mais
» Pensarte
REVISTAS
» Amanhã
» Carta Capital
» Dinheiro na Web
SIMULADORES
» Desafio
JORNAIS DA REDE
» Manchetes do dia
PREVISÃO DO TEMPO

» Imagem do satélite
SERVIÇOS
» Agenda
» Empregos
» Finanças pessoais
» Loterias
» Imposto de Renda
» Top Negócios
BUSCA
» Busca em notícias
» Busca na Internet


Enviado do Tesouro dos EUA chega à Argentina

Segunda, 04 de dezembro de 2000, 19h29min
O subsecretário para Assuntos Internacionais do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, desembarcou hoje (04) em Buenos Aires para fornecer apoio ao governo do presidente Fernando De la Rúa nas negociações que mantém com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os analistas definem este tipo de apoio do tesouro norte-americano como um claro interesse dos EUA em que a crise financeira turca não contagie outros países emergentes.

Com a presença do subsecretário na capital argentina, pretende-se dar um sinal aos mercados de que o governo do presidente Bill Clinton está interessado em evitar o colapso do governo do presidente Fernando De la Rúa. "Uma espécie de benção de Washington que confirme que o FMI possa conceder a indulgência à Argentina", afirmavam, ironicamente, analistas em Buenos Aires.

Estava previsto que a visita de Geithner seria breve, e que ficaria na Argentina somente até amanhã (05). Geithner tinha reuniões agendadas com o ministro da Economia, José Luis Machinea, e seus principais assessores. Além disso, tinha encontros programados com diversos consultores econômicos, além de autoridades do Banco Central. Neste reduto, o BC, está o principal defensor da idéia de dolarização da economia argentina o presidente da entidade, Pedro Pou.

O FMI começou hoje as reuniões referentes às metas macroeconômicas trimestrais, e também tratará dos prazos para a liberação dos fundos do órgão para a Argentina. Na quarta-feira, a chefe da missão do Fundo, Teresa Ter Minassian, deverá ter um encontro com o ministro Machinea, no qual poderão ser definidos detalhes da carta de intenções.

No entanto, a finalização do acordo entre o FMI e a Argentina dependerá dos acontecimentos no Parlamento esta semana: amanhã começa o debate da reforma da previdência na Câmara de Deputados. A reforma já enfrenta o rechaço declarado da oposição e também de diversos parlamentares do governo. Os deputados também votarão nesta semana o Pacto Fiscal, que congela o gasto das províncias e da União por cinco anos.

A outra batalha do governo ocorrerá no Senado, onde a partir de amanhã será debatido o orçamento. Mas os peronistas não têm pressa: eles afirmam que a votação poderá ocorrer nesta quinta-feira ou na semana que vem.

O governo não tem como apressar o Senado. Além disso, segundo o ministério da Economia informou à Agência Estado, tampouco poderia implementar o orçamento por decreto, já que esta é uma atribuição exclusiva do Congresso. Na História argentina, somente dois governos começaram um novo ano sem o orçamento aprovado: o de Arturo Illía (1963-66) e o de Isabel Perón (1974-76). Ambos governos foram derrubados meses depois.

Para os analistas, a oposição está demonstrando a capacidade que tem de colocar o governo em xeque. Além disso, mostra-se como alternativa ao governo: em menos de 11 meses serão realizadas eleições para renovar metade do Parlamento, e apresentar-se como opositor ao ajuste é uma boa forma de angariar votos.

Por Ariel Palácios, especial para a AE
Agência Estado

Volta

 

Copyright© 1996 - 2000 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.