Segunda, 04 de dezembro de 2000, 18h51min
Uma pequena recuperação dos mercados externos, aliada a notícias positivas quanto ao leilão da Cesp , permitiu que a bolsa paulista revertesse as perdas da manhã e encerrasse o dia em leve alta de 0,54%, aos 13.510 pontos.

O volume negociado, no entanto, foi o menor do ano: apenas R$ 285,3 milhões. A bolsa paulista conseguiu ter giro inferior aos R$ 313,2 milhões movimentados no dia 8 de setembro, uma sexta-feira espremida pelo final de semana e o feriado do Dia da Independência.

"Aqui o mercado continua muito ruim. (Esse volume baixo) mostra um desinteresse do mercado pelas ações. Está barato, mas pode ficar muito mais barato ainda", disse Tomie Taterka, da BancoCidade Corretora.

"A recuperação se deve a um quadro um pouco melhor nos Estados Unidos, também saiu a notícia da Cesp... mas nada além disso", acrescentou ele.

Às 18h49, horário de Brasília, o índice Dow Jones, que reúne as ações mais líquidas de Nova York, operava em alta de 2,01%. No mesmo horário, o Nasdaq, composto por papéis de alta tecnologia nos Estados Unidos, caía 0,52%.

As ações preferenciais da Cesp, que chegaram a cair 5,9% na mínima do dia, fecharam em alta de 1,65%, cotadas a R$ 20,31 o lote de mil.

Operadores disseram que os papéis foram beneficiados pela notícia de que o governo paulista obteve uma licença ambiental para o enchimento do reservatório da usina de Porto Primavera, a maior dentre as seis geradoras que compõem a Cesp-Paraná.

O atraso no enchimento desse reservatório causava apreensão no mercado, pois algumas das empresas pré-identificadas ameaçavam deixar a disputa caso as questões ambientais em torno da Cesp não fossem solucionadas.

A maior alta do pregão, no entanto, ficou por conta das ações da Transpaulista , que subiram 7,9%, para R$ 6,80 o lote de mil.

O destaque de queda ficou com os papéis preferenciais da Telerj , que encerraram em baixa de 4,1%, aos R$ 53,50 o lote de mil.
Reuters

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