A Turquia manteve negociações emergenciais com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre medidas para resgatar sua economia, na segunda-feira, com as ações caindo e as taxas de juros em altas extremas no início de uma semana decisiva. Algumas taxas de mercados de capital recuaram à tarde da alta de mais de 1.000%, mas com a taxa básica de juros ainda acima dos 400%, não houve uma indicação clara de que a Turquia estivesse conseguindo sair de uma crise gerada por problemas no sistema bancário.
Em Ancara, uma equipe do FMI deu início a negociações sobre um empréstimo, possivelmente entre 4 e 5 bilhões de dólares, para aliviar uma falta de liquidez que agora ameaça demolir o programa antinflacionário da Turquia.
As ações, que já caíram 40% em duas semanas, encerraram a segunda-feira em baixa de 8%.
O tempo é claramente limitado para resolver a crise financeira imediata. O FMI, embora prometendo a aprovação do empréstimo pelo mecanismo de via rápida ("fast track"), vai exigir a aceleração de dolorosas reformas nos sistemas fiscal e bancário. Mas, um temor assombra os mercados acima de tudo.
Se os dois lados não conseguirem firmar um acordo para um empréstimo de reserva suplementar (SRF, sigla em inglês), empréstimo de curto prazo a altas taxas de juros, ou se as conversas se romperem, a Turquia pode ser forçada a abandonar o câmbio fixo e desvalorizar a moeda do país.
A explosão das taxas nas últimas duas semanas é resultado da paralisação virtual no sistema bancário, onde muitos bancos, cautelosos devido aos riscos, estão simplesmente recusando-se a negociar uns com outros.
O estado do sistema bancário turco é o foco da crise e da preocupação da equipe do FMI.