O governo argentino espera que o Senado aprove esta semana o Orçamento de 2001 e alertou que uma demora atrasaria o acesso ao pacote de ajuda financeira internacional, necessário para acabar com as dúvidas dos investidores relacionadas à solvência do país. "É realmente necessário (que o Orçamento seja aprovado esta semana) porque nos permitirá dar sequência ao adiantamento preventivo que o governo conseguiu", disse a uma rádio local Chrystian Colombo, chefe do gabinete de ministros.
O projeto de Orçamento para 2001 foi aprovado pela Câmara dos Deputados na quinta-feira passada e prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% e um déficit base de US$ 6,5 bilhões.
A proposta também estende o prazo para que o Executivo tenha equilíbrio fiscal de 2003 para 2005. A Câmara dos Deputados não aprovou um artigo do projeto que dava poderes ao governo para eliminar órgãos estatais.
Uma rápida sanção da lei permitirá aos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) que se encontram em Buenos Aires voltarem a Washington com uma das principais condições que exigem para liberar uma ajuda financeira de pelo menos US$ 21,5 bilhões.
O conselho do FMI, que toma a decisão final, se reunirá no dia 21 de dezembro. "Se o Orçamento não for aprovado não chegaremos a tempo às reuniões do conselho do FMI e atrasaremos todo um programa. Seria uma pena para todos os argentinos", disse Colombo.