Na manhã de hoje, o euro, a moeda comum européia, atingiu o seu valor mais alto em relação ao dólar desde que sofreu a intervenção do G7 em 22 de setembro último. O euro chegou a US$ 0,8906. Para muita gente, chegou a hora de a moeda única européia se fortalecer. Os mais cautelosos, no entanto, alertam que isso vai depender basicamente dos Estados Unidos. Os sinais de desaquecimento da economia norte-americana - que está crescendo agora no ritmo mais lento dos últimos quatro anos - e a queda dos lucros corporativos parecem ter interrompido, na semana passada, a escalada do dólar diante do Euro, que atingiu a marca de US$ 0,87 - uma valorização de três centavos.
O vigor da economia dos EUA fez com que o país atraísse nos últimos tempos enormes fluxos de capitais, inclusive de grandes empresas européias. Mas pela primeira vez, desde janeiro de 1999, o crescimento norte-americano empatou com o registrado pela Alemanha.
Coincidência ou não, desde que foi lançado, também em janeiro do ano passado, o euro perdeu cerca de 30% de seu valor diante do dólar. Um fator que poderá prejudicar o euro no curto prazo seria a confirmação da vitória do candidato republicano George Bush.
O mercado prevê que Bush defenderá um dólar forte e será mais resistente à participação dos Estados Unidos em eventuais intervenções conjuntas dos países do G7 para sustentar o euro.