O Iraque disse no domingo que está otimista sobre a resolução de uma disputa quanto aos preços do petróleo, para assim voltar a exportar o produto, cujas vendas foram interrompidas pelo país na semana passada. O ministro do Petróleo, Amir Muhammed Rasheed, fez a previsão, apesar de não dizer como a briga que envolve a exigência do Iraque em cobrar uma sobretaxa de 50 centavos de dólar por barril será resolvida.
Em Dubai, o ministro do Comércio do Iraque, Mohammed Mehdi Saleh, disse, durante uma visita aos Emirados Árabes, que Bagdá estava determinado a manter a sobretaxa e que poderia punir companhias que vendessem seu petróleo para países inimigos.
Saleh afirmou ainda que o Iraque estava recebendo muito pouco pelas suas vendas de petróleo, mediadas por um acordo que alivia o embargo imposto pelas Nações Unidas após a Guerra do Golfo em 1991. O acordo prevê a venda de petróleo por bens de primeira necessidade como comida e remédios.
Perguntado sobre quando o Iraque iria voltar atrás em sua insistência de fazer com que seus consumidores paguem a sobretaxa, Saleh disse: ``Estamos otimistas... Não há retorno.''
Em Bagdá, Rasheed disse que ele estava ``otimista sobre o alcance de um acordo'' com os observadores do cumprimento da resolução do petróleo da ONU. Os preços cobrados pelo Iraque já foram rejeitados pelas Nações Unidas, o que levou o país a suspender na sexta-feira a exportação do produto.
''O diálogo com a ONU começou na noite de sexta-feira e foi retomado na noite de sábado e nós esperamos continuar na segunda-feira até chegarmos a um acordo'', disse Rasheed em uma coletiva de imprensa.
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