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Primeira data de venda do Banespa foi em 98

Domingo, 19 de novembro de 2000, 03h12min
O acordo da rolagem da dívida paulista com a União foi concluído no fim de 1996, com a sua aprovação pela Assembléia Legislativa do Estado. O projeto, votado na madrugada de 18 de dezembro, previa a renegociação de R$ 37 bilhões e também a federalização do Banespa. Em maio de 1997, um relatório do Banco Centraç (BC) de 12 mil páginas concluía que os ex-governadores Orestes Quércia e Luiz Antonio Fleury Filho usaram o Banespa politicamente, o que teria sido uma das principais causas da quebra do banco.

O inquérito do BC apontou que as operações de Antecipação de Receita Orçamentária (AROs), realizadas no fim do governo Quércia, representaram parte substancial das dívidas do Estado com o Banespa. Em dezembro de 1994, segundo o BC, a dívida das AROs chegava a US$ 3,327 bilhões, o equivalente a 30% do volume total, de US$ 11,127 bilhões.

O relatório do BC disse ainda que, ao longo das gestões de Quércia e de Fleury, o Banespa agiu como um banco para os negócios do Estado, obrigado a suportar a necessidade de financiamento do governo e de suas empresas. Em maio de 1992, segundo o BC, o Estado fechou acordo com o Banespa, referente às suas dívidas do Estado e as de suas estatais. O acordo implicava um salto das parcelas mensais pagas por São Paulo, de algumas dezenas de milhões de dólares para cerca de US$ 600 milhões no início do governo Covas.

A "venda" do Banespa para a União foi praticamente concretizada no fim de dezembro de 1997, depois de complicados contratempos jurídicos. O Tesouro Federal pagou, por 51% das ações, R$ 343 milhões. Também foi acertado o refinanciamento da dívida do Estado com o governo federal, naquele momento de R$ 59,6 bilhões, com prazo de 30 anos, e juros de 6% ao ano.

Cronograma -O governo federal anunciou para janeiro de 1998 a publicação dos editais de privatização do Banespa, com previsão de venda em junho daquele ano, a primeira de uma série de datas sucessivamente adiadas.

Segundo o Ministério Público, Fleury e Quércia seriam os principais responsáveis pelo rombo do Banespa. Entre idas e vindas na questão legal do bloqueio dos bens dos ex-governadores e outros 108 réus, em setembro de 1999 dois ex-funcionários foram condenados criminalmente. No mesmo mês, a cobrança pela Receita Federal, do governo paulista, de impostos atrasados e multas do Banespa no valor de R$ 2,8 bilhões - quase 60% do patrimônio líquido do banco - irritou o governador Mário Covas.

Em março de 2000, depois de quatro anos de tramitação e várias liminares e recursos, foi arquivada a ação que cobrou ressarcimento pela má gestão do Banespa aos ex-governadores Quércia e Fleury e aos 107 ex-administradores. No início de outubro de 2000, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o edital de venda do Banespa. A nova data do leilão foi marcada para 20 de novembro.
O Estado de S. Paulo

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