O governador Mário Covas (PSDB) garantiu hoje (16) à tarde, para uma comitiva de funcionários do Banespa, sindicalistas e parlamentares que o procuraram no Palácio dos Bandeirantes, que não vai intervir no processo de votação dos dois projetos de lei que tramitam na Assembléia Legislativa de São Paulo e que poderiam impedir a privatização do banco. A afirmação de Covas foi enviada à comitiva por intermédio de seu chefe da Casa Civil, João Carames.A comitiva integrada por diretores da Associação dos Funcionários do Banespa e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, pelo senador Eduardo Suplicy (PT) e por sete deputados estaduais, chegou ao Palácio pouco depois das 14 horas e permaneceu reunida com Carames até as 17h10, mas não foi recebida por Covas.
O governador prometeu também que tentará agendar para "o mais breve possível", uma reunião entre os sindicalistas e parlamentares com o vice-governador Geraldo Alckmin (PSDB) para discutir a privatização do Banespa. Os integrantes do movimento contra a privatização querem que a Assembléia Legislativa vote imediatamente os projetos de lei que tratam do assunto.
Um deles institui a realização de um plebiscito no Estado para votar a privatização. O outro é um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que devolve o banco à administração pública e estabelece critérios para que ele seja controlado por setores da comunidade.
Os projetos de lei ainda não foram votados porque o presidente da Assembléia, Vanderlei Macris (PSDB), não o coloca na pauta de votações. Sindicalistas e parlamentares garantem que os projetos serão aprovados caso entrem na pauta.
Amanhã o movimento realiza ato de protesto em frente à casa de Macris, na cidade de Americana (SP).