Tchau, Dona Nenê! 11 atores que mudaram totalmente de papel
A atriz Marieta Severo enterrou sua personagem de mais de uma década, Dona Nenê, para assumir a pele de uma agende de modelos sem caráter
A doce e tenra Dona Nenê de A Grande Família ficou para trás. A atriz Marieta Severo, que ficou marcada por seu papel da submissa mãe de família na série da Rede Globo, com o qual convivemos por 13 anos, volta às telas em um papel completamente diferente. Após se afastar por um tempo da TV, Marieta retorna malévola em Verdades Secretas, nova novela das 23h, no qual interpreta Fanny, uma gananciosa e cínica agente de modelos sem caráter e nem escrúpulos.
Casos de atores que ficaram marcados por um tipo de papel não são raros, mas difícil mesmo é reverter esse estigma com um personagem completamente diferente, como no caso de Marieta Severo, e ainda ser bem aceito pela audiência. Mas eventualmente o público acaba sendo brindado com um desempenho inesperado. Foi assim com Jim Carrey, que só interpretava papéis cômicos, quando viveu Truman Burbank no drama O Show de Truman , em 1998.
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A seguir, veja 11 atores que ousaram ser diferentes, seja pelo desafio, pela necessidade ou pelo tino comercial.
Marieta Severo
Atriz que interpretou por 13 anos a doce Dona Nenê, de A Grande Família, surpreende no papel de Fanny, uma agente de modelos cínica, gananciosa e sem caráter, em Verdades Secretas.
Ao lado de Marieta Severo em Verdades Secretas, Grazi Massafera interpreta Larissa, uma modelo ambiciosa que perdeu tudo ao se entregar ao vício das drogas e virar uma junk viciada em crack. Bem diferente dos papéis açucarados e superficiais que a estrela costumava encarar, como a coitada Ester Schneider, de Flor do Caribe.
Rodrigo Santoro
Ator participou de produções cinematográficas nacionais de respeito e encarou papéis aprofundados, como em Bicho de Sete Cabeças e Abril Despedaçado. Quando foi para Hollywood, Rodrigo Santoro foi duramente criticado por aceitar um papel secundário, em que fica sem camisa e fala pouco, no filme As Panteras Detonando, de 2003. No mesmo ano, falou um pouco mais na pele de Karl, o belo colega de trabalho que desperta a paixão de Sarah Olsen Montagner (Laura Linney) em Simplesmente Amor. Ele evoluiu na carreira nos Estados Unidos e passou a fazer, novamente, papéis mais representativos, como o vilão Xerxes no filme 300.
Jim Carrey
Discípulo direto do comediante Jerry Lewis, Jim Carrey ficou eternizado em papéis cômicos em filmes divertidos, como Máskara e Debi & Loid, mas o ator canadense quis mudar e optou por um papel mais dramático em O Show de Truman, de 1999, em que interpreta um cidadão comum que não sabe que sua vida é, na verdade, um grande reality show. O filme foi indicado ao Oscar em três categorias (Jim Carrey não estava entre elas como Melhor Ator) naquele ano.
Daniel Radcliffe
Daniel Radcliffe foi eternizado no papel do bruxinho careta Harry Potter, da saga da escritora inglesa J. K. Rolling. Mas o ator, que teve problemas com álcool no fim da adolescência, decidiu interpretar um personagem mais real e complexo, como tem sido a vida do jovem artista britânico: o poeta americano com inclinações homossexuais Allen Ginsberg. Parece que ele está em busca de papéis desafiadores que façam o público esquecer do bruxinho órfão cheio de poderes mágicos.
Robin Williams
Durante muitos anos, Robin Williams foi um dos atores mais populares de Hollywood graças não apenas ao seu carisma, mas também às escolhas certeiras de projetos. Especialista em personagens alto astral, ou que ao menos trouxesse algum viés otimista, o ator decidiu mudar radicalmente. A partir de Retratos de uma Obsessão, passou a interpretar papéis sombrios e neuróticos, às vezes até assassinos. Não fez sucesso, mas mostrou uma faceta até então desconhecida do público.
Matthew McConaughey
O ator ficou famoso por papéis fúteis em Hollywood, até que espantou o mundo ao emagrecer 17 kg para interpretar Ron Woodruff, no filme O Clube de Dallas, um machão viciado que pega AIDS e começa a vender remédios mais eficazes para a doença. McConaughey foi agraciado com o Oscar após essa mudança radical.
Arnold Schwarzenegger
O bombado ator austríaco ficou famoso na série de filmes O Exterminador do Futuro e em outros papéis que exigiam um corpo sarado, como Conan e Predador. Mas em 1998, o fortão decidiu ir pro campo da comédia dramática e estrelou Irmãos Gêmeos, ao lado de Danny DeVito.
Robert De Niro
Considerado um dos maiores atores de todos os tempos, por suas performances memoráveis em filmes clássicos como Poderoso Chefão 2, Taxi Driver e Touro Indomável, De Niro descobriu apenas aos 56 anos que poderia fazer comédia, no engraçadinho Máfia no Divã. A inspiração para esse filme surgiu graças aos inevitáveis estereótipos decorrentes dos vários personagens sisudos e violentos interpretados pelo ator. Desde então ele tem dado muito mais atenção às comédias do que aos dramas, para tristeza de muitos de seus fãs.
Charles Chaplin
O ator ficou mundialmente conhecido por interpretar, em todos os seus filmes, o personagem do Vagabundo, ou Carlitos, que tinha um andar engraçadinho, sempre vestido com uma calça preta fofa. Em 1927, o cinema falado bateu às portas do estúdio e o público ficou excitado. Mesmo assim, Chaplin se recusou a falar. Em 1937, dois anos antes do início da Segunda Guerra Mundial, Chaplin falou e inovou ao fazer uma paródia-dramática de Adolfo Hitler em O Grande Ditador, satirizando sua semelhança com o “inimigo”, mas prevendo as atrocidades que seriam comedidas pelo austríaco que liderou a Alemanha. Foi o primeiro filme em que ele realmente falou.
Por mais que tivesse despontado de forma promissora em Advogado do Diabo no papel de Mary Ann Lomax, Charlize Theron engrenou uma série de produções fúteis onde sua beleza era prioridade em detrimento ao talento. A atriz mudou essa história com Monster, de 2003, ao passar por uma drástica transformação física que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz. A partir de então, ela começou a fazer papéis mais interessantes.
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