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Milhem Cortaz se despede de Osmar e comemora: 'Segui caminhos que nunca consegui'

Durante coletiva de imprensa, o ator Milhem Cortaz, o Osmar de Volta por Cima, abre o coração e diz que ainda quer continuar sonhando aos 52 anos

26 abr 2025 - 08h03
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Milhem Cortaz deu vida a Osmar na novela Volta por Cima
Milhem Cortaz deu vida a Osmar na novela Volta por Cima
Foto: Beatriz Damy/TV Globo / Caras Brasil

É neste sábado, 26, que vai ao ar o último capítulo de Volta por Cima, novela das sete da TV Globo que dará lugar a Dona de Mim, trama de Rosane Svartman (55) que estreia na próxima segunda-feira, 28. Um dos personagens mais emblemáticos da trama de Claudio Souto é Osmar, vivido pelo ator Milhem Cortaz (52). Apesar de ser um homem folgado, que detesta trabalhar, e ter se tornado um contraventor ao lado de Violeta (Isabel Teixeira), seu jeito atrapalhado e até mesmo inocente caiu no gosto popular e vai deixar saudades.

Durante abertura das gravações da novela, nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, com a participação da CARAS Brasil, o paulistano de origem árabe-italiana se despede do personagem, seu primeiro trabalho no humor, e abre o coração ao dizer que, mesmo aos 52 anos, ainda quer continuar sonhando e tendo objetivos.

Milhem diz que com Osmar, presta uma homenagem a grandes nomes do humor brasileiro. "Nunca fiz um personagem tão popular. Minha homenagem aos comediantes das antigas: Mazzaropi, (Ronald) Golias, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias (...) Toda essa galera empolgou a minha cabeça, e me dá a liberdade de ultrapassar alguns limites dentro de uma novela, ser caricato, divertido, não ter limites, fazer coisas que a gente geralmente não pode fazer como ator. É um personagem que me deu muitas possibilidades de seguir caminhos que nunca consegui, de ter essa liberdade fora do teatro", destaca o ator.

"No teatro, já tive grandes possibilidades. O teatro, de alguma forma, é um pouco mais generoso. Não tem beleza, não tem nada. O teatro trabalha mesmo com as sugestões. Todo mundo é legal, todo mundo é filho, todo mundo pode ser rei, todo mundo pode ser plebeu, pode ser o que quiser. O teatro, realmente, é generoso com os atores, porque ele é bem seletivo, é bem difícil. Não é para todo mundo fazer teatro", continua.

O veterano entrega que uma grande inspiração para o figurino de Osmar vem do personagem do ator Pedro Cardoso (62) no humorístico A Grande Família (2001-2014). "Quando me visto, me sinto muito Agostinho Carrara. E é legal porque eu o assisti no teatro fazendo O Recém-Nascido e, para mim, foi um banho de inteligência. Ele é o melhor comediante do Brasil. O cara é muito, muito inteligente", fala.

Milhem conta que o que o motivou a interpretar o irmão de Doralice (Tereza Seiblitz), desde o início, foi o amor. "Além de ter todas essas cores do Osmar - esse presente -, o que me encantou foi a ligação que ele tem com a família, esse amor. O amor que ele tem pela família, pela vida e essa alegria é muito verdadeiro. E é isso que faz com que o público fique na dúvida se ele realmente é um vilão. Eu acho que essa humanidade dele, esse lugar do amor, do realmente se preocupar e ter essa ligação com a família, e a família com ele (...) Mesmo a Madalena (Jéssica Ellen) sempre pegando no pé dele. Toda vez que ele fala alguma coisa, ela devolve de uma forma dura mas sempre com amor no coração", salienta.

O artista quer aproveitar a visibilidade nacional que Osmar trouxe para a sua vida e transformá-la em muitas ações que possam amparar os mais necessitados. "Acho que o meu grande sonho com essa novela é me tornar uma pessoa popular, sem vaidade. Quero poder trazer possibilidades e coisas legais para a vida de todo mundo. Meu objetivo é fazer o bem as pessoas. De alguma forma, essa minha fama tem que se transformar em ações, e eu estou pronto para isso. Então, mudei uma chave. Depois dessa novela e de 2025 adiante, quero me tornar o mais popular possível para chegar o mais perto possível do coração de todo o mundo", reflete.

Violeta (Isabel Teixeira) e Osmar (Milhem Cortaz) de Volta por Cima -
Violeta (Isabel Teixeira) e Osmar (Milhem Cortaz) de Volta por Cima -
Foto: Beatriz Damy/TV Globo / Caras Brasil

PADARIA CORTAZ O PÃO

A vida profissional de Milhem não se limita aos palcos nem às telas. O ator não se descuida de sua padaria artesanal, a Cortaz o Pão, que mantém em Perdizes, zona oeste de São Paulo, desde 2023. "É uma padaria pequena, artesanal, que trabalha para restaurantes, para as pessoas (...) Comecei fazendo pão doando - porque eu fazia e os meus pães não eram tão bons. Então, como não tinha para quem vender, eu doava na rua. Saía com o carrinho de ferro doando para todo mundo. E a minha padaria, hoje em dia, continua. E eu continuo ganhando 70 quilos a mais de farinha para continuar doando. Quem chega na minha padaria sem dinheiro, leva pão. E ao lado tem muitos pontos de motoboy, e eles já sabem. Então, no final de semana, eles passam para levar um pão legal para comer com a esposa e ter um momento legal", conta.

"Disso vem o projeto Pão Bom Para Todo Mundo: o mesmo pão que faço, quero doar. A padaria é um início para transformar tudo isso numa coisa popular, para eu poder transferir isso para um galpão grande, empregar pessoas que estão excluídas (...) Queria trazer o pessoal dos semi-abertos, os mais velhos que não têm oportunidades, que estão saindo da cadeia (...) Quero que venham trabalhar comigo, dar uma profissão para eles, trabalhar junto, ganhar dinheiro, quem sabe voltar para o bairro como padeiro. É muito utópico tudo isso, mas eu, aos 52 anos, tenho que continuar sonhando e tendo objetivos. Meu objetivo mudou e o meu sonho hoje é ver o bem de todo mundo. Sou de uma classe privilegiada, ganhei minha vida falando dos excluídos e sou muito respeitado por eles", acrescenta.

Milhem Cortaz mantém padaria artesanal, a Cortaz o Pão, em São Paulo -
Milhem Cortaz mantém padaria artesanal, a Cortaz o Pão, em São Paulo -
Foto: Divulgação / Caras Brasil

'QUERO DIVIDIR'

Nascido de uma família de classe média, Milhem quer dividir suas conquistas. "Eu só falo dos problemáticos, das pessoas que não são enxergadas com tanto carinho pelo mundo. Eu construí minha vida e venci assim, então eu quero dividir tudo o que ganhei com eles, com todos eles. A minha comunicação com os populares, com as pessoas, com os trabalhadores, quem realmente estão ali na lida, é gigantesca, imediata. É inacreditável como eu me comunico bem com o povo. E o quanto percebo que os trabalhos que eu fiz - Carandiru, Tropa de Elite, vários - chegaram no social e transformaram. Várias vezes, fui à praia e encontrei jovens que falaram: 'Pô, você é grande, cara. Você fez a minha infância'", analisa.

"Que responsabilidade, cara. Fiquei com medo porque os meus trabalhos são sempre densos; mas eles se identificam de que forma? Não interessa. Toquei, cheguei até eles. Então, vejo que eu tenho um pool de possibilidades, tanto para o jovem quanto para o idoso", finaliza o paulistano.

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