Empresário preso após morte de gari rompe o silêncio e revela detalhes do dia do crime
Empresário preso pela morte de gari rompe o silêncio em entrevista e dá nova versão sobre o crime
O empresário carioca Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes durante uma discussão de trânsito em Belo Horizonte, falou pela primeira vez desde sua prisão e apresentou uma nova versão sobre o episódio. Em entrevista exclusiva a Roberto Cabrini, concedida no presídio em Caeté, Minas Gerais, Renê admitiu ter passado pelo local armado e confirmou estar presente no momento do crime, mas negou com veemência ter efetuado o disparo fatal. Segundo ele, "no primeiro dia, meu advogado pediu para não comentar nada até ele se inteirar", justificando a mudança no relato sobre o porte da arma. A investigação policial, entretanto, o descreve como frio, violento e obcecado por armas, conforme relatado pela própria RECORD.
Renê atuava no setor de alimentação e é casado com Ana Paula Balbino, delegada de polícia reconhecida no enfrentamento à violência doméstica. Questionado sobre possível privilégio após o episódio, o empresário negou qualquer interferência: "Eu não tive contato com minha esposa. Eu liguei para o coronel da Polícia Militar para ver o que eu faria", afirmou. Testemunhas, porém, sustentam que Renê teria ameaçado os garis momentos antes dos tiros, dizendo: "Se vocês encostarem no meu carro, eu dou um tiro na sua cara". Ele rebate, alegando que apenas comunicou que o veículo não passaria pelo estreito espaço ao lado do caminhão de lixo.
O que realmente aconteceu no momento do disparo?
Uma das principais versões usadas pela acusação é a do gari Thiago Rodrigues Vieira, que relata ter percebido que Renê estava armado e alertado o colega: "Eu falei: Laudemir, toma cuidado. Esse cara vai atirar na gente". Para Renê, a situação teria sido interpretada de forma equivocada e sem qualquer relação com irritação ou ameaça. O empresário responde a acusações de homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma e fraude processual, podendo enfrentar até 30 anos de prisão. O caso segue em análise pela Justiça de Minas Gerais.
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