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Noveleiros adoram competição de mãe e filha pelo mesmo homem

‘O Outro Lado do Paraíso’ explora tabu já visto em outros folhetins da Globo

23 fev 2018 - 12h15
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Na noite de quinta-feira (22), a internet brasileira ‘quebrou’ com a reação de Sophia (Marieta Severo) ao descobrir que o tão propagado namorado da filha, Lívia (Grazi Massafera), é seu amante de anos, o garimpeiro Mariano (Juliano Cazarré).

A vilã-mor de ‘O Outro Lado do Paraíso’ havia sido desprezada pelo brucutu pouco antes.

Lívia (Grazi Massafera) e Sophia (Marieta Severo): a concorrência feminina é mais forte do que a ligação afetiva entre mãe e filha.
Lívia (Grazi Massafera) e Sophia (Marieta Severo): a concorrência feminina é mais forte do que a ligação afetiva entre mãe e filha.
Foto: Raquel Cunha/TV Globo

Agora, será uma fera duplamente ferida por perdê-lo justamente para a filha a quem sempre recriminou pela vida sexual despudorada.

Se nunca demonstrara afeto por Lívia, Sophia passará a odiá-la a ponto de ferir propositalmente seus sentimentos: primeiro agarra Mariano na frente dela e, em seguida, revela que não é sua mãe biológica.

Essa guerra íntima entre mãe e filha pelo mesmo homem não é novidade na teledramaturgia. Sua eficiência dramatúrgica está mais do que provada.

Na novela ‘Em Família’ (2014), de Manoel Carlos, o insosso Laerte (Gabriel Braga Nunes) era disputado por Helena (Julia Lemmertz) e Luiza (Bruna Marquezine).

No desfecho, a filha conseguiu arrastá-lo para o altar, mas ficou viúva na saída da igreja – uma amante desprezada atirou no noivo.

O mesmo autor já havia colocado mãe e filha em competição amorosa em ‘Laços de Família’, exibida em 2000.

Helena (Vera Fischer) namorava Edu (Reynaldo Gianechini), até que se vê obrigada a desistir do rapaz ao descobrir que sua filha, Camila (Carolina Dieckmann), está apaixonada por ele. O jovem casal teve um final feliz.

Assim como Sophia, que fará de tudo para separar Lívia e Mariano, nem toda mãe abre mão do amor pela felicidade da filha.

Mag (Vera Holtz), a antagonista de ‘A Lei do Amor’ (2016-2017), foi amante do genro, Ciro (Thiago Lacerda), durante vinte anos. Jamais se sentiu culpada em apunhalar pelas costas a filha problemática Vitória (Camila Morgado).

Outro caso de polêmico triângulo amoroso ainda está fresco na memória do telespectador: a modelo Angel (Camila Queiroz) se torna amante de Alex (Rodrigo Lombardi), marido de sua mãe, Carolina (Drica Moraes), em ‘Verdades Secretas’ (2015).

Após flagrá-los na cama, a esposa e mãe traída cometeu suicídio com um tiro na cabeça. A tragédia familiar se completou com Angel matando Alex durante um passeio de iate.

Produções como ‘O Amor Está no Ar’ (1997), ‘Passione’ (2010), ‘Amores Roubados’ (2014) e ‘Barriga de Aluguel’ (1990) também apresentaram rixa amorosa envolvendo mãe e filha.

Esse tipo de conflito intrafamiliar já foi amplamente estudado por psicólogos. O vínculo afetivo às vezes não é suficiente para evitar tal confronto baseado na assustadora concorrência feminina.

O público de novelas demonstra interesse nesse tipo de trama rodriguiana, na qual uma paixão avassaladora se torna um agente tóxico capaz de afetar o tal amor incondicional materno-filial e até destruir uma família.

Talvez aconteça algum tipo de identificação baseada na vivência de um sentimento proibido. Como o próprio Nelson Rodrigues disse certa vez, “qualquer um de nós já amou errado”.

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