Setembro Amarelo: cuidar da saúde mental na era digital
O Setembro Amarelo reforça a importância de falar sobre saúde mental e de reconhecer sinais de alerta que podem salvar vidas. Em um mundo hiperconectado, onde celulares e redes sociais fazem parte do dia a dia, esse debate se torna ainda mais urgente, especialmente entre os jovens.
Segundo a psiquiatra Bianca Bolonhezi, CEO do Instituto Macabi, o ambiente digital pode ser tanto acolhedor quanto desafiador. "O celular e as redes sociais têm pontos positivos, mas também trazem riscos: a comparação constante, a cobrança por curtidas e respostas, e o cansaço mental subestimado podem evoluir para problemas graves, como bullying e cyberbullying. Muitos jovens continuam expostos a essa pressão mesmo dentro de casa, o que impacta diretamente sua saúde emocional."
A especialista alerta que, sem preparo para lidar com essas pressões, pode haver consequências sérias, incluindo o suicídio. Por isso, é fundamental observar mudanças no comportamento, como isolamento, afastamento de atividades prazerosas, alterações no sono e no apetite, e falas negativas sobre si mesmos e a vida.
"Pais, professores, amigos e parceiros devem estar atentos. Ao perceber sinais de sofrimento, incentivar a busca por ajuda profissional faz toda a diferença. Psicólogos e psiquiatras oferecem suporte adequado, mas no dia a dia, hábitos saudáveis ajudam a proteger a saúde mental: sono de qualidade, alimentação equilibrada, atividade física, pausas na rotina digital, conversas sinceras com a rede de apoio e momentos de conexão consigo mesmo e com algo maior", explica Bianca.
O Setembro Amarelo é um convite para que toda a sociedade reflita sobre o tema, quebre tabus e promova cuidados coletivos. Buscar ajuda é um ato de coragem e pode salvar vidas.
