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Arte e Cultura


Sinto muito

Maior neuropediatra oncologista de Portugal, Nuno Lobo Antunes lança livro de estréia sobre sua experiência com pacientes terminais 

Para Nuno Lobo Antunes, nas doenças crônicas o médico tem que ser companheiro. Suas convicções são muito claras: “A medicina não se destina somente a curar, mas também a diminuir o sofrimento”.

O pediatra português formou-se em medicina em 1977. Logo depois, deixou Lisboa para trás e mudou-se para Nova York, onde durante uma década de trabalho em hospitais na cidade, se especializou no tratamento de crianças com câncer e exerceu a medicina em meio a gente de todos os cantos. “Tanta raça, a mesma humanidade”, concluiu, ao observar as reações dos homens quando sentem que a vida de um ente querido se aproxima do fim. No convívio diário com crianças muito enfermas, Lobo Antunes diz ter conhecido a humanidade no seu melhor.

Sinto muito era algo que o médico tinha que repetir muitas vezes: “Nos Estados Unidos não é comum o toque, mas no fundo todos precisamos que nos reconfortem. Eu queria que soubessem: eu sinto o que tu sentes, se me das um pouco de sua dor, eu a assumo e tu ficas melhor”.
           
O autor de Sinto muito, que já vendeu mais de 50 mil exemplares do livro em Portugal, acredita que a experiência em Nova York o tornou uma pessoa melhor, mais tolerante, que sabe eleger suas prioridades. Depois de anos convivendo com pacientes tão doentes, o médico diz ter aprendido a lição mais importante: “A vida é muito bonita. Se me chateio, sempre me pergunto: vale a pena?”

Ao falar como se sente ao publicar suas virtudes e suas fraquezas, a busca dos valores necessários para enfrentar a cada dia o drama da doença, Lobo Antunes diz que escrever o livro foi como um “exorcismo”: “os fantasmas que me visitavam já não me perturbam mais”.