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Arte e Cultura






Deus é Meu Camarada

Ele tem 30 anos e trabalha numa sex shop.
Seria um cara absolutamente normal se
o seu melhor amigo não fosse ninguém menos que:
Deus.



Quando você conhece a mulher dos seus sonhos, ela uma estudante de psicologia da Sorbonne, e você um reles funcionário de sex shop, uma ajudinha de Deus é sempre bem-vinda. Em Deus é Meu Camarada, romance de estréia de Cyril Massarotto, o protagonista tirou a sorte grande já que, por razões inexplicáveis, Deus começa a falar diretamente com ele.
Compositor há mais de dez anos, o autor conta que o livro surgiu diante da frustração que sentia por estar limitado à métrica das rimas: “Cheguei a um ponto em que era preciso avançar na escrita, me libertar, foi aí que decidi migrar das pequenas para as grandes histórias.”

Com esse objetivo em mente, Massarotto conta que não fez muito esforço para ter uma boa idéia e que a história toda surgiu a partir do título. “Essa história de Deus escolher alguém para ser seu melhor amigo foi a primeira idéia que apareceu na minha cabeça. Estava tomando um banho, tranqüilo, e a frase simplesmente apareceu.
Partindo dessa premissa, achei que poderia ser interessante falar de um Deus diferente daquele que esperamos, um Deus que pode ser engraçado, brincalhão”, explica, acrescentando que “quanto ao protagonista, definitivamente não queria um cara religioso, que tivesse um padrão comum. Pensei justamente no contrário, um sujeito meio nerd, que trabalhasse em um lugar que renegasse a pureza da religião”.

Em Deus é Meu Camarada, acompanhamos a trajetória desse homem aparentemente comum, seu casamento com Alice, a psicóloga; o nascimento do filho Léo; a chegada tardia da maturidade e a velhice serena. O autor explica que os contornos pouco definidos do personagem principal foram uma escolha premeditada. “Geralmente os autores optam por uma descrição muito exata e delineada de seus personagens e eu particularmente não gosto desse tipo de estilo. A imaginação de cada leitor tem uma forma física que corresponde à ideia passada pela natureza do personagem. Mas quanto ao fato dele não ter um nome, foi uma decisão sem grandes motivos, ocasional”, comenta Cyril.


O protagonista dessa história de amizade e evolução descobre ao longo do livro que até mesmo a mais simples das existências pode ser extraordinária. “É claro que esse não é um livro autobiográfico propriamente dito, embora não dê pra negar totalmente essa característica. Diria que ele é uma autocaricatura porque o personagem principal não sou eu, essa não é a minha vida, mas de certa forma, ele mostra como eu reagi diante de certas situações. Eu também vivi as histórias de reviravolta que se desenrolam para o nosso herói e isso me ajudou a criá-lo da maneira mais realista possível”, diz Cyril, que confessa ter tido mais trabalho para compor Deus. “Nesse caso foi preciso que eu me colocasse a uma  certa distância e reavaliasse a intenção de suas ações”, revela.

 

Sobre o autor:
Cyril Massarotto nasceu em 1975 e é professor de um jardim de infância, perto da cidade de Perpignan, na França. Por muitos anos, exercitou a escrita apenas como letrista da banda de rock amadora da qual é vocalista, Saint-Louis. Em 2006, decidiu tentar ir além. Um ano depois, na banheira, lhe veio à frase: “Deus é meu camarada.” Foi o início deste que é seu primeiro romance.