Fã perde show por causa de roda-gigante: "vou matar minha amiga"

"Ela vai querer me matar, vai querer me matar", repetia insistentemente a bem-humorada designer paulista Karina Bernardo, 27 anos, olhando de canto de olho a amiga Débora Teixeira, da mesma idade, incomodada com o fato de estar andando em uma roda-gigante durante o show da banda Of Monsters and Men, uma das atrações que a atraíram para o primeiro dia do Lollapalooza, nesta sexta-feira (29), no Jockey Club de São Paulo.

"Realmente não to achando legal vê-los daqui, do brinquedo. Eu nem queria vir na roda-gigante, mas ela insistiu e achávamos que nossa volta terminaria antes de o show começar", lamentou, entrando na brincadeira da amiga. "Vou te matar. Aqui é um lugar alto, é perfeito para fazer isso."

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Além de perderem o início apresentação, as duas ainda tiveram o azar de fazê-lo em uma atividade que sequer as agradou. "Ah, eles (a organização) deviam bolar uma coisa mais legal, tipo a montanha-russa que teve no Rock in Rio", opinou Karina, citando também o bar suspenso que foi montado no Lollapalooza em 2012, parte de uma ação publicitária da mesma marca de cerveja responsável pelo brinquedo da atual edição.

"Ainda assim, não foi tão bom, apesar de a ideia ter sido legal. A ventania não ajudou, eles acabaram fechando o acesso para as pessoas subirem e o bar acabou sendo mais um espaço comum, fincado ao chão."

Um ponto, no entanto, era comum entre duas: a opinião sobre o preço dos ingressos do festival. "No ano passado viemos nos dois dias, mas neste ano não deu, então só viemos hoje", criticou Débora sobre o pacote de três dias do evento, vendido a R$ 990. "É um absurdo!"