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Beleza Americana é o grande vencedor do Oscar
Hillary Swank, que no domingo ganhou o Oscar de melhor atriz, escolheu um caminho nada glamuroso para saltar da obscuridade, um ano atrás, para a condição de figura mais comentada das jovens atrizes de Hollywood. Ela cortou bem curto seu cabelo loiro, que chegava até a cintura, colocou uma meia embolada na virilha e passou quatro semanas vivendo como rapaz para preparar-se para o papel da moça que quer ser homem, num filme de baixo orçamento dirigido por uma cineasta estreante.
Com Meninos não Choram, a atriz de 25 anos passou dos papéis de "garota bonitinha da casa ao lado" para os tapetes vermelhos mais cobiçados de Hollywood, apesar da história de amor, estupro e assassinato de Meninos não Choram ter tido pouca aceitação nas bilheterias. Quando aceitou o prêmio, Swank agradeceu a Brandon Teena - a moça que viveu como homem, foi assassinada em 1993 e em cuja história o filme se baseia - "por nos lembrar que devemos fazer o que manda o coração e não nos conformar".
"Quando aceitei trabalhar nesse filme, nem imaginei algo como o Oscar", disse a atriz nos bastidores do auditório Shrine. "Trabalhando num filme como esse, você cresce como ser humano e tem a chance de falar sobre a experiência". Pouca coisa no passado de Swank como atriz - ela se profissionalizou aos 16 anos, depois de passar algum tempo morando num carro, e trabalhou em Karatê Kid 2 e no seriado de TV Beverly Hills 90210 (Barrados no Baile) - apontava para o reconhecimento que ganharia com Garotos não Choram.
Além do Oscar, ela ganhou um Globo de Ouro e prêmios da crítica de Nova York e Los Angeles. "Não foi fácil representar um rapaz", revelou Swank, que parecia uma princesa na noite do Oscar em seu elegante vestido de Randolph Duke de cor mostarda.
Na vida real, Swank não é nem lésbica nem transsexual. A atriz é casada com o ator Chad Lowe há dois anos.
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