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Foto: Jefferson Bernardes/Terra Sereno e discreto, Clapton é um dos poucos bluesman brancos que exercem um fascínio fora do comum sobre o público. Confira fotos

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 Nostalgia
Clapton escapa de vôo fatal e traz blues e pop ao Brasil

Capa de revista de 1989 com assinatura de Eric na testa
Clapton chega ao Brasil no dia 11 de outubro. Faz quase 11 anos exatos que o guitarrista esteve aqui no Brasil para shows da turnê Journeyman, já que aportou em nosso solo em 20 de outubro de 1990. De certa forma, era um momento emotivo para Clapton: três membros de sua equipe técnica haviam morrido em um acidente com um helicóptero em Wyoming, EUA, junto com o amigo e lenda da guitarra Stevie Ray Vaughan, no dia 27 de agosto. Eric poderia estar nesse vôo fatal, já que dividiu o palco com Vaughan e o também guitarrista Robert Cray, na noite anterior. Ainda pairava essa história no ar, como se estivesse escapado da morte por uma piscada do destino.

Eric não falou com a imprensa, que o deixou em paz sobre o assunto, e entrava no hotel sorrateiro, evitando fãs. Mas o que ficou na memória realmente foi a visão de uma real lenda da guitarra (entre várias outras pseudo-lendas) se apresentando no Brasil, na época ainda carente de uma agenda internacional de shows. Como muitos, fiz fila na porta da casa de shows Olympia, em São Paulo, para comprar ingresso. Como Clapton já se estabelecia como ídolo pop com canções como Bad Love, a fila formava uma heterogênea classe de figuras: adolescentes em grupo mascando chicletes, sujeitos de meia idade discretos e os medalhões do rock, com seus cabelos longos e grisalhos.

Públicos diversos

"Era uma volta no tempo", relata Gilberto Moufarrege, que assistiu ao show e ficou plantado na frente do hotel à espera de Mr. Clapton com dois outros amigos. "Como purista, me interessava o cidadão que fez parte do Cream, o maior power trio de todos os tempos, o cara que dividiu o palco com Freedy King", explica. Essa era realmente uma divisão entre os presentes no show: os que gostavam do cantor-guitarrista e os que apreciavam Clapton parte da história do blues na Inglaterra e América.

Na visão de um guitarista, Clapton realmente impressionava no palco. A apresentação foi basicamente o repertório do CD Journeyman, abrindo com Pretending, com a banda ainda no escuro. Aliás, os músicos que Clapton levava consigo na época eram o que de melhor existia nos estúdios de gravação americanos: o baixista Nathan East (Lionel Richie), o tecladista Greg Phillinganes (Earth, Wind & Fire), o baterista Steve Ferrone, além de competentes vocalistas, um segundo ótimo guitarrista e um percussionista.

Era um mistério: como Clapton podia ser tão simples e suas notas se destacarem tanto? Dava até para perceber que seus improvisos giravam em cima da básica escala pentatônica de blues, algo que um garoto de 15 anos poderia aprender em duas aulas. Alguns guitarristas, mais "gueto", achavam que era o pouco conhecido amplificador Soldano dele, verdinho, iluminado no meio do palco. Mas era besteira, a jogada de Clapton era para todo o público, que realmente se divertiu no show em São Paulo.

"Hi, Eric!"

Não havia cadeiras e mesas burocráticas na platéia - todos ficaram em pé, aglomerados. E nós, jovens fãs, na terceira fileira, reclamando de penetras espertinhos que passavam na nossa frente - aos 17 anos fica difícil enfrentar roqueiros mal-encarados sem o risco de um croque na cabeça. Para os que adoravam o slowhand do blues, Clapton não deixou de mandar clássicos como Layla, do disco de 70 Layla & Other Assorted Love Songs - nessa época o guitarrista escapava do Blind Faith e formava o Derek & The Dominos. Fez bis, foi muito festejado e ficou na lembrança de alguns como o melhor show em lugar fechado já visto.

Valeu também a espera na frente do hotel. Além dos músicos de Clapton, o mesmo apareceu ligeiramente respondendo com o olhar aos "Hi, Eric!" do pequeno público insistente no Ceazar Park Hotel, na Augusta. Antes, havia autografado vários itens da galera. Agora, uma década depois, Clapton volta, não mais em um local fechado em São Paulo, mas sim em um estádio, o Pacaembu. O recente disco Reptile é até propício, já que é uma espécie de aperto de mão para cada camada de fãs que acumulou em sua carreira. Puristas ou não, aguardem Clapton e seu cabelo espetado e bela armação de óculos no Brasil novamente. Ah! Normalmente ele traz a guitarra, então música também está no cardápio.

Ricardo Ivanov / Redação Terra

 
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