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Stephenie Meyer

Tudo começa e termina como uma fábula, dessas que só pode ser real em imaginação. Stephenie Meyer nunca havia escrito um livro antes, sequer um conto. Até o dia em que, num sonho, viu a imagem de um rapaz, bonito e pálido, reluzindo no sol que caía em meio a uma floresta fechada. No sonho, havia também essa menina, uma jovem apaixonada pelo rapaz que acabava de provar para ela sua condição de vampiro. Stephenie acordou e, desde então, a dona de casa mórmon com três filhos e um marido para dar atenção começou a colocar no papel aquilo que se projetava como uma história completa em sua cabeça.

A autora da saga Crepúsculo, e por saga se entende quatro livros – Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer – é hoje uma das maiores best-sellers internacionais. Apesar do status de estrela e criadora de uma das histórias mais consumidas por adolescentes (ou não) de todo o mundo, Stephenie dificilmente é figura fácil na mídia. Deu pouquíssimas entrevistas até hoje (para a estreia do filme Lua Nova, ela só conversou com Oprah Winfrey) e vive reclusa na cidade de Phoenix, Arizona, onde segue sua rotina doméstica, ainda que com uma poupança bem mais gorda que qualquer outra dona de casa americana.

Quando começou a escrever as primeiras linhas da saga Crepúsculo, em julho de 2003, a estreante escritora não tinha qualquer intimidade com o universo dos vampiros, personagens centrais em seu arco de histórias. Segundo ela, tudo foi muito intuitivo. Hoje, Stephenie é um capítulo à parte na vasta narrativa que cobre a mitologia vampiresca. A Publishers Weekly a classificou em 2005 como uma das mais promissoras escritoras e Amanhecer, último livro da saga, bateu recorde de vendas com 1,3 milhões de cópias vendidas no primeiro dia.

Independente de méritos literários, é fato que Meyer soube captar a angústia adolescente do primeiro amor com uma história tão fantástica quanto alguém escrever os livros mais lidos de uma geração depois de uma noite bem dormida.