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Conheça o fotógrafo Kevin Carter, inspiração do Savatage

A foto que levou Carter ao suicídio

Sexta, 17 de agosto de 2001, 09h59

O fotógrafo Kevin Carter era o mais novo dos quatro foto-jornalistas sul-africanos (Greg Marinovich, João Silva e Ken Oosterbroek) que se embrenhavam, diariamente, nas cidades-dormitórios de Johanesburgo para fotografar o ápice da violência entre facções negras (1990-1994).

Suicidou-se aos 33 anos, com uma mangueira enfiada na boca e acoplada ao cano de descarga do carro, por não conseguir se livrar das imagens dos conflitos. “Sofro de depressão com o que vejo, tenho pesadelos. Me sinto alienado de gente normal, inclusive da minha família. Me sinto incapaz de entabular uma conversa social frívola. É como se uma cortina descesse. Me retraio para um lugar escuro”, admitia.

Fora isso (e tudo isso!), Carter (que ostentava uma tatuagem do mapa da África no ombro direito), colecionava problemas pessoais: vinha de um ambiente familiar disfuncional, desertara do serviço militar e havia tentado o suicídio. Tinha picos e abismos emocionais, queixando-se constantemente de um pesadelo no qual se via estirado no chão, à beira da morte, com uma câmera de televisão se aproximando do seu rosto. Abusava de Mandrax, maconha e tranqüilizantes.

A foto que lhe rendeu o prêmio Pulitzer foi feita por acaso, quando “pegou carona” com João, encarregado de cobrir o genocídio de tribos cristãs pelo governo islâmico, rumo ao Sudão. O amigo, que bolou toda a pauta e percorreu a cidade em busca de algo “quente”, já havia fotografado a menina negra à beira da morte, mas sem o abutre. Quando Carter voltou com a notícia “bombástica”, a primeira reação de João foi se dirigir ao local, mas o precavido fotógrafo avisou que havia enxotado o abutre.

A famosa foto rendeu ao New York Times o primeiro prêmio Pulitzer de fotografia (e olha que o Carter era freelance, ou seja, não fazia parte da equipe da casa). Mas uma questão o perseguiria até a morte: “o que fez o fotógrafo, depois de bater a foto, para ajudar a criança?”. A pressão acabou fazendo-o declarar, numa de suas últimas entrevistas, para a revista American Photo, que odiava a tal foto.

Greg parece ter a explicação em seu livro (The Bang Bang Club, co-autoria de João Silva): “Um pedaço da emoção, da vulnerabilidade, da empatia que nos torna humanos se perde a cada vez que acionamos o botão da câmera”.


As informações sobre a história de Kevin Carter foram retiradas do artigo de Dorrit Harazim – “Abutres ou heróis?".

Veja também:

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    Beatriz Levischi, especial para o Terra

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