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Herbert Vianna defende a paz em novo CD
Cantor dedica a música Mais a Margot Mahrnada (Tasso Marcelo/AE)

Quinta, 14 de setembro de 2000, 02h29min
Ao mesmo tempo em que decreta férias coletivas de seis meses para os incansáveis operários do grupo Paralamas do Sucesso, o compositor carioca Herbert Vianna adota um forte discurso pacifista, fala de amor ao próximo e prega respeito à vida para anunciar seu novo álbum-solo.

Inicialmente pensado para se tornar quase um autotributo, com canções do músico nas vozes de intérpretes que trabalharam com ele em algum momento, o terceiro disco de sua carreira sem os Paralamas tomou outros rumos e recebeu título poético: O Som do Sim.

Para fazê-lo, Vianna convocou cantores e instrumentistas das mais díspares características, levou todos para o estúdio e apostou no imprevisível. "Eu não tinha o controle de nada do que fazia e tudo o que surgiu nas gravações acabou sendo novidade para mim também", conta.

Da parceria com Cássia Eller surge uma das mais gratas surpresas. O rock Mr. Scarecrow, toda em inglês, já tem clipe produzido e começa a despontar em emissoras FM.

Intenções mais românticas trazem o refinado lamento de Nana Caymmi e o backing de Marcos Valle para a bossa Hoje Canções (parceria de Vianna e Paulo Sérgio Valle) e o poderoso vocal de Sandra de Sá para a balada Vamos Viver. A única versão é para Inbetween Days, de Robert Smith, do grupo The Cure, cantada por Erika Martins, do Penélope.

Salada de estilos - Se traz uma salada de estilos reforçada por duetos entre Herbert Vianna e Black Alien (O Muro), Fernanda Abreu (História de Uma Bala), Zélia Duncan (Partir, Andar) e Fernanda Takai (A Mais), Moreno Veloso (Um Truque), Daúde (Une Chanson Triste) e a descoberta de Vianna, a roqueira gaúcha Luciana Pestano (Eu Não Sei Nada), o álbum é permeado por uma temática clara: o respeito ao próximo.

A Mais, feita em parceria com Pedro Luís, foi terminada dias antes de Margot Mahrnada, irmão de Pedro, ser assassinada no Rio de Janeiro. Vianna dedicou a canção a ela e reforçou a ideologia do trabalho. Não quero um dia a mais / quero um dia de paz / Não quero o vendaval / só o sono e o sonho dos mortais, desabafa na canção.

Vianna condena ainda termos usados para fazer referências às mulheres, como "popozudas". "Isso também reflete um panorama da violência que temos no País. Grupos como Charlie Brown Jr. e mesmo o Raimundos, que eu adoro, infelizmente refletem esta violência."

Das bandas remanescentes dos anos 80, poucas continuaram subindo ao palco com tanta freqüência como o Paralamas. Cerca de 140 apresentações por ano renderam um bom pé-de-meia ao trio completado pelo baixista Bi Ribeiro e pelo baterista João Barone. No entanto, o cansaço foi inevitável.

Embora faça questão de frisar que "não há crise no grupo", Vianna confessa um certo esgotamento depois de quase 20 anos de estrada. "Não consigo mais achar interessante ficar 24 horas olhando para o teto de um hotel em uma cidadezinha no norte de Goiás para depois fazer um show de duas horas. Meus filhos estão crescendo, muita coisa está mudando. Temos de aprender a usar melhor o tempo que ficamos disponíveis antes e depois de gravarmos um novo disco."

O Som do Sim (EMI) - Preço médio no mercado: R$ 26

Jornal da Tarde


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